Preço na embalagem dos medicamentos

Transparência em defesa do utente

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Sau­dando as as­so­ci­a­ções di­na­mi­za­doras e os pe­ti­ci­o­ná­rios – foram mais de 140 mil os que subs­cre­veram o texto onde se rei­vin­dica a ma­nu­tenção dos preços de venda ao pú­blico nas em­ba­la­gens dos me­di­ca­mentos com­par­ti­ci­pados –, a de­pu­tada co­mu­nista Paula Santos ma­ni­festou o apreço e a so­li­da­ri­e­dade da sua ban­cada não só pela au­toria como pelo con­teúdo desta ini­ci­a­tiva que es­teve em de­bate no Par­la­mento na pas­sada se­mana

A razão para este apoio é sim­ples, ex­plicou, e tem a ver com o rigor e trans­pa­rência que deve existir nesta ma­téria, ou seja com a exi­gência de iden­ti­fi­cação do preço real do me­di­ca­mento na res­pec­tiva em­ba­lagem, que o PCP subs­creve por in­teiro.

É que a sua não mar­cação ou des­con­for­mi­dade entre o preço mar­cado e o valor co­brado tem ge­rado muitas si­tu­a­ções de con­fli­tu­a­li­dade, de dú­vida, de des­con­fi­ança e até de pro­testo por parte de muitos utentes.

«Os do­entes têm di­reito a uma in­for­mação clara, ri­go­rosa e que cor­res­ponda à re­a­li­dade», de­fendeu Paula Santos, que con­si­derou que em ne­nhuma cir­cuns­tância devia ter eli­mi­nada a obri­ga­to­ri­e­dade de marcar o preço do me­di­ca­mento na em­ba­lagem.

E apesar desta si­tu­ação ter sido cor­ri­gida pela AR, que al­terou a norma, o certo é que a in­ter­pre­tação que dela faz o In­farmed – que os preços a marcar são os preços de venda ao pú­blico má­ximos fi­xados ad­mi­nis­tra­ti­va­mente ou os re­sul­tantes de re­du­ções vo­lun­tá­rias dos ti­tu­lares de AM, in­cluindo o IVA em vigor –, me­rece a total dis­cor­dância do PCP, que con­si­dera ser essa uma pers­pec­tiva que «não é cor­recta».

«Esta in­ter­pre­tação não cor­res­ponde à re­a­li­dade, não ga­rante o rigor e a trans­pa­rência», afirmou Paula Santos, para quem, em suma, os utentes têm di­reito no acto da compra do me­di­ca­mento a co­nhecer an­te­ci­pa­da­mente o seu preço real.

 



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