- Nº 2024 (2012/09/13)
Jogos da malha

Tradição que rejuvenesce

Festa do Avante!

Os torneios de malha (grande, pequena, tradicional e corrida), com finais disputadas na Atalaia, depois de dois meses de jornadas que mobilizaram dezenas de colectividades e centenas de praticantes, despertam sempre o entusiasmo dos que neles participam e a atenção dos muitos outros que a eles assistem.

Foi ver, sábado e domingo, os habituais amantes da modalidade (ou os que por curiosidade ali passaram e por ali se deixaram ficar), no frondoso arvoredo que acolhe a área reservada à malha, atentos e rendidos ao desenrolar de bem disputadas provas.

Exige-se concentração, olhar certeiro, sentido de precisão. E foram essas qualidades que não faltaram à grande maioria dos participantes que estiveram na Festa, elevando o nível competitivo, sem nunca porém comprometer o saudável convívio que caracteriza a prática desta modalidade.

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Convívio que, para quase todos eles, acaba por ser uma motivação central. Que o diga Maria Helena Santos que, aos 81 anos (a concorrente mais idosa do torneio), está «sempre desejando que cheguem os dois dias da semana» em que treina, como a própria confidenciou ao repórter. É que o «convívio é uma componente fundamental», sustenta.

Há cinco anos que é uma assídua praticante, depois de ter experimentado a modalidade por «insistência das amigas», não perdendo o gosto desde então. De tal maneira que, seja Verão ou Inverno, só mesmo quando «o tempo e a chuva não deixam» é que interrompem o treino.

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Cátia Figueira, com os seus 12 anos, partilha da mesma opinião. Esta que foi a atleta mais nova do torneio, com a camisola do Clube Desportivo e Recreativo do Casal do Marco, também acha que o convívio é muito importante.

No seu caso, foi o avô, também presente na Festa, que a iniciou e fez ganhar o gosto pela malha, tendo com ele aprendido a «equilibrar a força» e a apurar o olhar.

Reconhece que há poucos jovens a praticar a modalidade, mas admite que seja porque «ainda não a descobriram». Quando experimentarem, garante, «vão gostar e começar a aparecer».

 

JC