PCP tinha razão
Na última edição do boletim digital do subsector das Ciências Sociais do Sector Intelectual de Lisboa do PCP recorda-se as posições que o Partido assumiu aquando da adesão à então CEE e à União Económica e Monetária. Posições críticas que à época foram ignoradas ou ferozmente criticadas, mas que a história veio confirmar serem justas e acertadas.
Nesse boletim publica-se excertos de duas intervenções de Carlos Carvalhas, à época Secretário-geral do PCP, e do livro de Sérgio Ribeiro Não à Moeda Única, de 1997, onde se analisa o «desastre que traria – e trouxe – ao País» a opção de colocar Portugal no euro. Para os intelectuais comunistas, «comentadores e colaboradores do poder citam somente, a contra gosto e só agora, economistas não comunistas como os únicos que denunciaram em tempo o erro da opção». Mas foi o PCP, e só ele, que – em 1980 – alertou que a integração de Portugal na CEE significaria «a médio e longo prazos, a inserção plena da economia portuguesa na estratégia de desenvolvimento das economias dominantes na CEE, isto é, a submissão da economia portuguesa à divisão internacional do trabalho, determinada pelas multinacionais em seu exclusivo benefício».