Conflito de interesses causa penúria

A As­so­ci­ação Na­ci­onal de Far­má­cias (ANF) culpa os la­bo­ra­tó­rios far­ma­cêu­ticos pela falta de certos me­di­ca­mentos no mer­cado por­tu­guês, afir­mando que não exis­tiria pe­núria se «a in­dús­tria far­ma­cêu­tica sa­tis­fi­zesse os pe­didos de abas­te­ci­mento que lhe são feitos por gros­sistas e far­má­cias».

Em co­mu­ni­cado, di­vul­gado dia 12, a ANF res­ponde assim à as­so­ci­ação da in­dús­tria far­ma­cêu­tica (Api­farma) que, dias antes, acusou os ar­ma­ze­nistas de pro­vo­carem fa­lhas no abas­te­ci­mento de­vido à ex­por­tação pa­ra­lela.

As far­má­cias alegam que existe «livre cir­cu­lação de mer­ca­do­rias, mas a in­dús­tria far­ma­cêu­tica não quer que haja livre cir­cu­lação de me­di­ca­mentos. E não quer para con­ti­nuar a pra­ticar preços di­fe­rentes, subs­tan­ci­al­mente di­fe­rentes, de país para país, para o mesmo me­di­ca­mento».

A Api­farma apurou que a ex­por­tação pa­ra­lela su­perou os 73 mi­lhões de euros anuais, sendo os prin­ci­pais des­tinos a Ale­manha, Ho­landa, Reino Unido e países es­can­di­navos, onde os preços, em média, chegam a ser o dobro dos pra­ti­cados em Por­tugal. O ganho é em­bol­sado pelos ar­ma­ze­nistas e não pelas mul­ti­na­ci­o­nais far­ma­cêu­ticas que re­ta­liam ra­ci­o­nando o abas­te­ci­mento do mer­cado.



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