A clas­si­fi­cação, pela UNESCO, do Alto Douro Vi­nha­teiro como «Pa­tri­mónio da Hu­ma­ni­dade – Pai­sagem Viva e Evo­lu­tiva», foi re­cor­dada pela Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Vila Real do PCP no mo­mento em que se cum­prem 11 anos desta dis­tinção. Numa nota da­tada de 13 de De­zembro, o Par­tido re­alça o seu pro­fundo sig­ni­fi­cado por re­pre­sentar o «re­co­nhe­ci­mento da di­mensão hu­mana do tra­balho e da ca­pa­ci­dade de um povo em vencer ad­ver­si­dades e trans­formar a na­tu­reza tor­nando-a ainda mais bela e pro­du­tiva».

Con­tudo, re­alça o PCP, as co­me­mo­ra­ções ficam as­som­bradas pela re­a­li­dade ac­tual da re­gião, que «con­tinua sendo a re­gião mais pobre do País e uma das mais po­bres da Eu­ropa co­mu­ni­tária». Tanto ao nível das con­di­ções de vida da po­pu­lação como do ren­di­mento da es­ma­ga­dora mai­oria dos cerca de 35 mil vi­ti­vi­ni­cul­tores.

O Par­tido sa­li­enta ainda o con­traste exis­tente entre as con­di­ções de vida da mai­oria da po­pu­lação du­ri­ense (vi­ti­cul­tores e tra­ba­lha­dores ru­rais) e os «lu­cros e os­ten­tação dos pro­pri­e­tá­rios das grandes casas ex­por­ta­doras e co­mer­ciais, dos em­pre­sá­rios do tu­rismo Douro Azul e dos ho­téis de luxo, que nunca os pe­quenos vi­ti­cul­tores fre­quen­tarão».