Oposição a pão e água
O parlamento macedónio decidiu, dia 3, reduzir em dois terços os salários dos deputados da oposição, que estão a boicotar os trabalhos em protesto contra o orçamento para 2013.
O SDSM, principal partido da oposição, que conta com 29 dos 123 deputados, recusa-se a participar nos trabalhos da assembleia, desde que o orçamento foi aprovado, a 24 de Dezembro, durante uma sessão marcada por incidentes no interior e exterior do parlamento, de que resultaram 17 feridos, dos quais 11 polícias e dois deputados.
O texto aprovado pela maioria conservadora determina que «os eleitos que boicotam os trabalhos do parlamento receberão um terço do seu salário durante a sua ausência».
O salário de um parlamentar macedónio ronda os mil euros, montante que representa o triplo do salário médio nesta antiga República da Jugoslávia. A oposição respondeu que «a diminuição dos salários é um pequeno preço a pagar na luta pela democracia e pela liberdade».
A Macedónia atravessa uma profunda crise económica e social, marcada por uma elevada taxa de desemprego, que atinge 31 por cento da sua força de trabalho, numa população de dois milhões de habitantes.