Apresentação de candidatos na Moita

Continuar a construir o futuro

No sá­bado foram apre­sen­tados os ca­beças de lista da CDU à Câ­mara e As­sem­bleia Mu­ni­cipal da Moita, res­pec­ti­va­mente Rui Garcia e João Lobo. A ini­ci­a­tiva contou com a pre­sença de Fran­cisco Lopes, da di­recção do PCP.

Sa­tis­fazer as ne­ces­si­dades e as­pi­ra­ções da po­pu­lação

«É com enorme honra que aceitei a in­cum­bência do meu Par­tido de sempre, de en­ca­beçar a lista da CDU à Câ­mara da Moita, con­celho onde nasci e em que sempre vivi e onde há mais de 30 anos pro­curo in­tervir cí­vica e po­li­ti­ca­mente e juntar o meu con­tri­buto aos que tra­ba­lham para o pro­gresso da nossa terra», afirmou, na sessão, que de­correu no Au­di­tório do Lar São José Ope­rário, na Baixa da Ba­nheira, Rui Garcia, apro­vei­tando o mo­mento para fazer uma «menção es­pe­cial» a João Lobo, Vi­viana Nunes, Carlos Santos e Mi­guel Ca­nudo, com quem tra­balha na ve­re­ação da au­tar­quia.

O can­di­dato à au­tar­quia fez um ba­lanço, de quase 40 anos, do tra­balho de­sen­vol­vido «em prol do pro­gresso do nosso con­celho», pri­meiro pela FEPU e de­pois pela APU e pela CDU, «um pro­jecto au­tár­quico su­por­tado na uni­dade dos co­mu­nistas com ou­tras forças po­lí­ticas, de­sig­na­da­mente o Par­tido Eco­lo­gista “Os Verdes”, a In­ter­venção De­mo­crá­tica, e com inú­meros ci­da­dãos in­de­pen­dentes, para in­tervir na exal­tante obra trans­for­ma­dora le­vada a cabo pelo Poder Local de­mo­crá­tico, uma das mais im­por­tantes e fru­tu­osas con­quistas de Abril».

«As trans­for­ma­ções ope­radas pelas au­tar­quias, lado a lado com o mo­vi­mento po­pular, num con­celho até aí ca­rente de quase tudo e onde pro­li­fe­rava a cons­trução clan­des­tina, do­taram-no das in­fra­es­tru­turas bá­sicas de abas­te­ci­mento de água, de sa­ne­a­mento, de re­colha e tra­ta­mento de re­sí­duos, de ar­ru­a­mentos, de par­ques e jar­dins, de equi­pa­mentos des­por­tivos e cul­tu­rais», afirmou Rui Garcia, lem­brando que, sob a di­recção da CDU, a Câ­mara da Moita «pro­cedeu ao or­de­na­mento do ter­ri­tório, ao pla­ne­a­mento e à re­qua­li­fi­cação ur­ba­nís­tica, fo­mentou o cres­ci­mento eco­nó­mico, cri­ando con­di­ções para a ins­ta­lação de em­presas, pro­moveu a pre­ser­vação am­bi­ental e a re­cu­pe­ração da zona ri­bei­rinha, de­fendeu a cul­tura e as tra­di­ções lo­cais e o mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo e po­pular, pro­moveu a co­esão so­cial». «Em suma, tem de­sem­pe­nhado o papel de­ter­mi­nante no de­sen­vol­vi­mento do con­celho, con­cre­ti­zando um pro­jecto au­tár­quico cujo pro­pó­sito é sa­tis­fazer as ne­ces­si­dades e as­pi­ra­ções da po­pu­lação e me­lhorar as con­di­ções de vida do povo da Moita», acres­centou.

Exem­plos con­cretos

O can­di­dato acusou ainda o PS, o PSD e o CDS de fazer uma «po­lí­tica con­trária» aos in­te­resses do povo e do País. «En­quanto o Poder Local tra­balha para pro­mover o de­sen­vol­vi­mento, para au­mentar o em­prego e a qua­li­dade de vida da po­pu­lação, as po­lí­ticas na­ci­o­nais pro­mo­veram a des­truição do apa­relho pro­du­tivo, com graves con­sequên­cias no nossa re­gião e que o no con­celho se tra­duziu na des­truição de mi­lhares de postos de tra­balho, so­bre­tudo no sector cor­ti­ceiro e no sector têxtil», la­mentou, re­cor­dando «a forma como o go­verno PS e os seus re­pre­sen­tantes lo­cais co­la­bo­raram no golpe final des­fe­rido sobre as mais de cinco cen­tenas de postos de tra­balho da Nor­porte, com a re­ti­rada das má­quinas da fá­brica a co­berto da carga da po­lícia de choque sobre a mul­tidão de tra­ba­lha­dores e po­pu­lares».

Na sua in­ter­venção, re­fe­rindo-se a ou­tros «exem­plos con­cretos» que «de­mons­tram o alhe­a­mento das po­lí­ticas go­ver­na­men­tais re­la­ti­va­mente às ne­ces­si­dades das nossas po­pu­la­ções», Rui Garcia con­denou o adi­a­mento das obras de con­ser­vação dos cen­tros de saúde da Baixa da Ba­nheira e de Alhos Ve­dros, assim como das ins­ta­la­ções das forças po­li­ciais, e dos es­paços ex­te­ri­ores do Vale da Amo­reira, em que a res­pon­sa­bi­li­dade de exe­cução dos ar­ranjos é da res­pon­sa­bi­li­dade da Ad­mi­nis­tração Cen­tral.

Re­la­ti­va­mente à in­tenção de ex­tinção de quatro fre­gue­sias no con­celho da Moita, o can­di­dato da CDU deixou claro que «não nos damos, nunca nos da­remos, por ven­cidos», e que «a luta contra este aten­tado às ne­ces­si­dades e in­te­resses da po­pu­lação irá pros­se­guir». «Con­ti­nu­a­remos a pro­curar im­pedir a sua con­cre­ti­zação, mas mesmo que ela venha a acon­tecer, a luta não ces­sará até ao dia em que todas as fre­gue­sias sejam res­tau­radas», pro­meteu.

As­sumir com­pro­missos

Sobre o de­sem­penho da Câ­mara neste man­dato que se apro­xima do seu fim, Rui Garcia in­formou que «cor­res­pondeu, no es­sen­cial, aos com­pro­missos as­su­midos com a po­pu­lação através do Pro­grama apre­sen­tado em 2009», tendo sido ne­ces­sária «uma gestão fi­nan­ceira de enorme rigor com as re­du­ções or­ça­men­tais a serem apli­cadas trans­ver­sal­mente em todas as áreas da acção mu­ni­cipal».

«Os pró­ximos anos não se an­te­vêem fá­ceis, mas as li­nhas es­tra­té­gicas que ori­entam a nossa in­ter­venção estão claras e traçam um rumo do qual não nos dei­xa­remos des­viar», afirmou, fri­sando que o tra­balho au­tár­quico da CDU de­verá «acen­tuar o seu ca­rácter pro­fun­da­mente de­mo­crá­tico, ex­presso em formas de gestão e de exer­cício do poder que fo­mentam a pro­xi­mi­dade às po­pu­la­ções e a sua mo­bi­li­zação para a par­ti­ci­pação na vida local».


Por um amanhã me­lhor

A sessão contou ainda com a in­ter­venção de João Lobo, ac­tual pre­si­dente da Câ­mara da Moita e can­di­dato da CDU à As­sem­bleia Mu­ni­cipal. «Can­di­dato-me assim, mais uma vez, porque acre­dito que somos a única força po­lí­tica que me­rece a con­fi­ança da nossa po­pu­lação, a única força po­lí­tica com a ho­nes­ti­dade e a com­pe­tência para con­ti­nuar a gerir os des­tinos do mu­ni­cípio da Moita», afirmou, ma­ni­fes­tando con­fi­ança «de que todos juntos iremos al­cançar uma grande vi­tória nas pró­ximas elei­ções au­tár­quicas, ao lado do nosso can­di­dato à Câ­mara Mu­ni­cipal».

Sobre Rui Garcia, João Lobo disse que «é o único can­di­dato que reúne todas as con­di­ções para ser o pró­ximo pre­si­dente da Câ­mara da Moita». «Com uma ex­pe­ri­ência de mais de 13 anos como ve­re­ador e vice-pre­si­dente, em con­tacto diário com tra­ba­lha­dores e po­pu­lação, ele co­nhece os dos­siers e as te­má­ticas, todas as áreas de in­ter­venção e todas as ba­ta­lhas que tra­vámos e tra­va­remos por um amanhã me­lhor», su­bli­nhou.



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