Como no resto do País, também os comunistas do distrito de Castelo Branco estão empenhados na defesa das funções sociais do Estado, seriamente ameaçadas pela política destruidora do Governo e da troika estrangeira. Num comunicado recente da Direcção da Organização Regional, o Partido garante que esta «continuada e criminosa ofensiva» põe em causa a coesão social e territorial do País.
No distrito, onde este caminho há muito que vem sendo trilhado, pretende-se agora encerrar várias estações dos CTT, particularmente em S. Lázaro (Covilhã) e em Tortosendo, aqui com a cumplicidade da Junta de Freguesia. Mas há mais, denunciam os comunistas: a tentativa de entregar a privados os infantários do Instituto da Segurança Social e a a criação de mega-agrupamentos, pondo em causa outro direito fundamental e constitucional: o direito à educação.
Também a água está em vias de ser privatizada, a não ser esta intenção travada pela luta popular, alertam os comunistas, advertindo para a tentativa de concentração dos serviços de águas e saneamento nas empresas do grupo «Águas de Portugal», que os pretende entregar à exploração privada. Outro sector em risco de ser totalmente privatizado é a recolha e tratamento de resíduos sólidos o que, a ir por diante, penalizará municípios, trabalhadores e populações. Em causa estão as empresas Resistrela e Valnor.
No Algarve, o Secretariado da Direcção da Organização Regional exige a revogação da decisão de fundir os hospitais de Faro, Portimão e Lagos numa única estrutura, designada Centro Hospitalar do Algarve. Para os comunistas, trata-se de uma decisão norteada pelo único objectivo de «cortar despesa» nem que isso se faça «à custa de vidas humanas». Esta fusão, e de modo mais geral a política do Governo para o sector da Saúde, terá como consequências mais dificuldades no acesso aos cuidados de saúde, degradação da qualidade dos serviços prestados, custos mais elevados para os utentes e para o Estado e desvalorização da função social e profissional dos trabalhadores da saúde.
O PCP acrescenta ainda que o que se exigia não era a fusão dos hospitais mas, pelo contrário, o acrescento de valências em falta, o reforço e rejuvenescimento do corpo clínico ou ainda a concretização da «velha e justa aspiração da construção do Hospital Central do Algarve e do novo Hospital de Lagos». Os comunistas algarvios apelam aos utentes, aos profissionais e às populações para que intensifiquem a sua luta em defesa do Serviço Nacional de Saúde e contra esta medida em particular. O PCP apresentará em breve na Assembleia da República um projecto de resolução propondo a imediata revogação daquela decisão.