No âmbito da campanha nacional do PCP «Por uma política alternativa, patriótica e de esquerda», realizou-se anteontem em Lisboa o debate «Cumprir a Constituição – libertar Portugal da dependência e submissão». Intervieram o Secretário-geral do Partido Jerónimo de Sousa, o membro do Comité Central Agostinho Lopes e ainda José Neto, Ernesto Cartaxo e Guilherme da Fonseca.
Jerónimo de Sousa garantiu, na sua intervenção, que «não foi nem é a Constituição da República, mesmo revista, que impõe a transformação das funções sociais do Estado de Abril num negócio e instrumento de exploração para uns poucos», como não é ela que «vincula Portugal à aceitação submissa de uma integração europeia marcada por uma orientação federalista, neoliberal e militarista». Como referiu o Secretário-geral, o PCP está determinado não só em respeitar e defender a Constituição, como em «tudo fazer para dar corpo ao projecto de futuro que transporta». Para a semana trataremos esta relevante iniciativa com maior destaque.
Este foi o último de uma série de quatro debates promovidos pelo PCP que abordaram assuntos tão decisivos como o euro, a dívida e os défices estruturais, a necessidade imperiosa de aumentar a produção nacional e as desigualdades na sociedade e no território.