Debater o Poder Local
No dia 24 de Maio, a CDU de Santarém realizou um debate subordinado ao tema «A ofensiva contra o Poder Local democrático», que contou com a participação de António Filipe, deputado do PCP, de Augusto Ribeiro, do Movimento «No Ribatejo Freguesias Sim», e de Francisco Madeira Lopes, candidato da CDU à presidência da Câmara de Santarém.
Presentes na plateia estiveram, para além de um elevado número de participantes, Carlos Oliveira, candidato da CDU à presidência da União de Freguesias de Santarém, Salomé Vieira, presidente da Junta de Freguesia de Pernes, Firmino Oliveira, presidente da Junta de Freguesia de Vaqueiros, e Manuel Cordeiro, presidente da Junta de Freguesia de Vale de Figueira.
No debate, o deputado António Filipe, eleito pelo distrito de Santarém, enumerou as mais recentes reformas administrativas, como a Lei dos Compromissos, a nova Lei das Finanças Locais ou da transferência de competências, que ameaçam, acusou, retirar ao Poder Local a capacidade de continuar a prestar os fundamentais serviços de apoio às populações.
Por seu lado, Augusto Figueiredo, também candidato à Câmara de Rio Maior, enalteceu a capacidade e o património de trabalho da CDU e, mais adiante na sua intervenção, lembrou que o processo de extinção de freguesias foi cobarde e decidido contra a vontade das populações. Pegando no tema, Vicente Batalha, ex-vereador da CDU, salientou que, até hoje, não se conhece a posição oficial da Câmara de Santarém relativamente às freguesias extintas no concelho.
A encerrar os trabalhos, Francisco Madeira Lopes, em resposta também ao repto que havia sido lançado pelos presidentes das juntas de Vaqueiros, Vale de Figueira e Santa Iria da Ribeira de Santarém, para que os candidatos assumissem a sua posição em relação à extinção de freguesias, reafirmou a vontade da CDU de manter a luta em defesa das freguesias, mesmo depois das eleições, defendendo a sua reposição, associando esta à luta mais geral contra o encerramento de serviços públicos, dos transportes públicos, passando pelas estações de correios e postos médicos, contra este Governo e esta política, e pela exigência da sua demissão e da revogação da Lei.