Fome pode agravar-se

A Agência das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) estima que os preços dos alimentos possam vir a aumentar entre 10 e 40 por cento durante a próxima década. A pressionar a inflação está o aumento da procura nos países emergentes fruto da melhoria do poder de compra das camadas populares sem um acompanhamento concomitante da oferta.

Numa outra perspectiva, o Programa da ONU para o Meio Ambiente advertiu, no final da semana passada, que cerca de um terço dos bens alimentares produzidos no mundo são desperdiçados, facto que «complica a tarefa e reduzir a fome e a desnutrição e satisfazer uma população em rápido crescimento».

Na Europa, América do Norte e Austrália, mais de metade do desperdício ocorre na fase do consumo, enquanto que nos países ditos em vias de desenvolvimento, dois terços das perdas dão-se na etapa de armazenamento.

A FAO estima que, em todo o planeta, cerca de dois mil milhões de seres humanos sofrem de pelo menos um tipo de carência nutricional e que o custo deste flagelo é de 3,5 biliões de dólares. 26 por cento dos menores de cinco anos sofre de atraso no crescimento devido a deficiências alimentares.



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