Nos primeiros piquetes realizados ainda no dia 26 era já visível uma adesão massiva à greve geral na Região da Madeira.
Na Câmara do Funchal, no turno da noite, registou-se uma adesão de 100 por cento na limpeza e na sessão de obras, e na recolha do lixo rondou os 85 por cento. Também no Serviço Regional de Saúde, nas primeiras horas da greve, os dados eram bastante positivos, principalmente no que diz respeito aos enfermeiros, com uma adesão de 95 por cento no turno da noite.
Descontentamento
Já ao longo da manhã chegavam informações de todas as partes da ilha, sobre a crescente adesão dos trabalhadores, demonstrando assim o seu descontentamento com o rumo dado ao País e à Região com esta política de austeridade actualmente em vigor. Na Câmara de Santa Cruz, sectores como o departamento de pessoal, oficinas e sessão auto tiveram uma adesão à greve de 100 por cento. Na Câmara de Ponta do Sol também foram registadas adesões na ordem dos 100 por cento, nomeadamente nos serviços de contabilidade, remoção do lixo, motoristas e atendimento. Devido à greve, a Câmara da Calheta esteve encerrada.
Ainda no turno da manhã, no Serviço Regional de Saúde a adesão verificada nos serviços ao nível dos cuidados de saúde primários, como nos centros de saúde da Nazaré, Porto Santo, São Roque do Faial e o serviço de internamento do Centro de Saúde de Santo António atingiu os 100 por cento.
No Hospital Dr. Nélio Mendonça (ex-Hospital Central do Funchal) a adesão dos enfermeiros foi também de 100 por cento, e dos auxiliares da acção médica de 70 por cento. No local, alguns enfermeiros em serviços mínimos deram conta que também estavam em greve.