Recomendação a partir de diploma do PCP

«Classe 5» para motociclos

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O Par­la­mento aprovou o texto final de uma re­so­lução onde re­co­menda ao Go­verno a cri­ação de uma «classe 5» nas vias por­ta­jadas des­ti­nada a mo­to­ci­clos. Este di­ploma é o re­sul­tado do con­senso ob­tido em co­missão par­la­mentar a partir de ini­ci­a­tivas do PCP (o pri­meiro a for­ma­lizar a pro­posta), do BE e de uma con­junta do PSD/​CDS-PP, vi­sando todas no es­sen­cial aquele ob­jec­tivo.

De­pois da lei que in­tro­duziu a obri­ga­to­ri­e­dade de pro­tecção dos rails (apro­vada por una­ni­mi­dade), da cha­mada «Lei das 125» (per­mite a quem possui carta de con­dução au­to­móvel guiar veí­culos de duas rodas até 125 cc, dis­pen­sando a carta de mo­to­ciclo), aberta fica agora a porta para criar uma «classe 5» nas por­ta­gens, no que é en­ca­rado como uma me­dida da maior im­por­tância para os mo­to­ci­clistas.

Isso mesmo foi re­al­çado pelo de­pu­tado co­mu­nista Mi­guel Tiago aquando do de­bate dos di­plomas em ple­nário (31 de Maio) em con­junto com uma pe­tição sobre a mesma ma­téria di­na­mi­zada pela Fe­de­ração de Mo­to­ci­clismo de Por­tugal.

Na oca­sião, de­pois de saudar os pe­ti­ci­o­ná­rios e os au­tores da ini­ci­a­tiva, e sem pre­juízo da sua po­sição de fundo quanto às por­ta­gens – de que a in­tro­dução nas SCUT é «in­justa, in­jus­ti­fi­cada e re­pre­senta um ne­gócio rui­noso para o Es­tado e para o in­te­resse pú­blico» –, Mi­guel Tiago deixou claro que para o PCP o que é im­porta no ime­diato é que seja as­se­gu­rada (como aliás já acon­tece por via de um des­conto co­mer­cial em al­gumas au­to­es­tradas), com a cri­ação da «classe 5», a pro­por­ci­o­na­li­dade em be­ne­fício do mo­to­ciclo pe­rante as ou­tras vi­a­turas.

«Se um veí­culo li­geiro não paga o mesmo que um pe­sado como é que um veí­culo de duas rodas – que pesa dez vezes menos – pode pagar o mesmo que um li­geiro quando cir­cula numa via por­ta­jada?», in­quiriu Mi­guel Tiago, pondo a nu o ab­surdo do cri­tério ac­tual.

Trata-se, pois, para a ban­cada co­mu­nista, de uma questão de ele­mentar jus­tiça co­brar aos que cir­culam em mo­to­ciclo uma ta­rifa de acordo com o efec­tivo «custo de uti­li­zação».



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