Os temas es­co­lhidos desta vez foram a edu­cação e o des­porto, no­me­a­da­mente no que res­peita à in­ter­venção po­lí­tica do mu­ni­cípio de Braga. Nesta ter­ceira con­versa, mo­de­rada pela pro­fes­sora Lília Santos, par­ti­ci­param, en­quanto con­vi­dados, Jorge Amado, pro­fessor e di­rector do Agru­pa­mento de Es­colas Dr. Fran­cisco San­ches, e Nuno Rei­ninho e Vasco Se­queiros, pro­fes­sores e mem­bros da As­so­ci­ação de Pro­fis­si­o­nais de Edu­cação Fí­sica de Braga.

Num quadro em que os su­ces­sivos go­vernos têm de­le­gado um grande nú­mero de com­pe­tên­cias nas au­tar­quias em ma­téria de edu­cação, de­mi­tindo o Es­tado das suas res­pon­sa­bi­li­dades, e não do­tando as au­tar­quias dos meios fi­nan­ceiros ne­ces­sá­rios para ofe­recer as con­di­ções es­sen­ciais para ga­rantir a qua­li­dade da es­cola pú­blica, a can­di­da­tura da CDU re­a­firmou a ur­gência de as po­lí­ticas edu­ca­tivas as­se­gu­rarem o acesso e a frequência es­colar em res­peito pela au­to­nomia das es­colas, pelo tra­balho de pro­fes­sores e fun­ci­o­ná­rios, e pela for­mação in­te­grada das cri­anças. «A ins­ta­bi­li­dade que se vive nas es­colas é mo­ti­vada pela po­lí­tica edu­ca­tiva e é ge­ra­dora de con­flitos e di­fi­cul­dades», acusou Carlos Al­meida.

Pre­ca­ri­e­dade

No plano mu­ni­cipal, o can­di­dato da CDU re­gistou a ar­bi­tra­ri­e­dade que im­pera na pres­tação do ser­viço de re­fei­ções es­co­lares, aler­tando para as si­tu­a­ções muito dís­pares no que res­peita ao pa­ga­mento efec­tuado pelas fa­mí­lias. Da mesma forma, Carlos Al­meida cri­ticou a pre­ca­ri­e­dade dos vín­culos dos pro­fis­si­o­nais das Ac­ti­vi­dades de En­ri­que­ci­mento Cur­ri­cular (AEC), lem­brando a in­ter­venção da CDU na As­sem­bleia Mu­ni­cipal de Braga em de­fesa de con­tratos mais es­tá­veis.

A falta de fun­ci­o­ná­rios nas es­colas, a re­qua­li­fi­cação que al­gumas delas es­peram, a au­sência de um pro­grama de reu­ti­li­zação e dis­tri­buição de ma­nuais es­co­lares e a ino­pe­rância do Con­selho Mu­ni­cipal de Edu­cação, foram ou­tros as­suntos abor­dados pelos pre­sentes.

Na pers­pec­tiva da CDU, é ne­ces­sário re­vi­ta­lizar e cre­di­bi­lizar o Con­selho Mu­ni­cipal de Edu­cação, de modo a que possa fun­ci­onar como uma pla­ta­forma de diá­logo e acção entre os vá­rios in­ter­ve­ni­entes (es­colas, au­tar­quias, as­so­ci­a­ções), para res­ponder ra­pi­da­mente e de forma co­e­rente e pla­ni­fi­cada às ne­ces­si­dades que aí sejam iden­ti­fi­cadas, con­tra­ri­ando a ar­bi­tra­ri­e­dade vi­gente nas po­lí­ticas mu­ni­ci­pais de edu­cação.

Des­porto

No que con­cerne à po­lí­tica de des­porto, os par­ti­ci­pantes na ter­túlia no­taram a au­sência de téc­nicos mu­ni­ci­pais e a falta de um plano global para esta área. De­fen­deram ainda a ela­bo­ração de uma carta mu­ni­cipal, na qual devem ser re­gis­tados os equi­pa­mentos des­por­tivos exis­tentes, as suas con­di­ções e ho­rá­rios de fun­ci­o­na­mento, e as ne­ces­si­dades das po­pu­la­ções.

A con­cre­ti­zação de uma es­cola mu­ni­cipal de des­porto, o de­sen­vol­vi­mento de pro­gramas de ac­ti­vi­dades des­por­tivas, o apoio téc­nico ao des­porto es­colar e a ge­ne­ra­li­zação de apoios às di­fe­rentes mo­da­li­dades des­por­tivas, são pro­postas que saem desta ini­ci­a­tiva da CDU, numa opo­sição clara à po­lí­tica até agora de­sen­vol­vida de pri­vi­légio à alta com­pe­tição e de in­ves­ti­mentos des­ne­ces­sá­rios, de que são exem­plos a pis­cina olím­pica e os campos sin­té­ticos.

Me­relim, Braga

Va­lo­rizar os bons exem­plos

Car­mindo So­ares, 44 anos, ser­ra­lheiro me­câ­nico e ac­tual pre­si­dente da Junta de Fre­guesia de Me­relim (São Paio) é o ca­beça de lista da CDU à pre­si­dência da Junta da União das Fre­gue­sias de Me­relim (São Pedro), Pa­noias e Pa­rada de Ti­bães.

A CDU aposta assim na­quele que foi o rosto da vi­tória al­can­çada em 2009 na Fre­guesia de Me­relim (S. Paio). Pas­sados quatro anos, o ba­lanço do man­dato au­tár­quico na Fre­guesia é ex­tre­ma­mente po­si­tivo, o que leva agora o can­di­dato à União das Fre­gue­sias a apontar como de­safio o alar­ga­mento do pro­jecto da CDU a Pa­noias e a Pa­rada de Ti­bães.

No en­tanto, e porque este é o pri­meiro passo de uma longa ca­mi­nhada, o can­di­dato da CDU à União das Fre­gue­sias fez questão de lem­brar que, desde o pri­meiro mo­mento, a CDU opôs-se e lutou contra a re­forma ad­mi­nis­tra­tiva im­posta pelo PSD e o CDS, e que tudo con­ti­nuará a fazer, mesmo de­pois do acto elei­toral, para que as ac­tuais fre­gue­sias não percam a sua iden­ti­dade e au­to­nomia.

«A CDU con­corre no quadro desta nova re­a­li­dade de agre­gação de fre­gue­sias porque é obri­gada a fazê-lo, mas, as­se­gu­ramos, que em ne­nhum mo­mento dei­xa­remos de lutar em de­fesa de cada uma das fre­gue­sias que este Go­verno quer ex­tin­guir», alegou Car­mindo So­ares.

Carlos Al­meida e Carla Cruz, can­di­datos à Câ­mara e As­sem­bleia Mu­ni­cipal, res­pec­ti­va­mente, es­ti­veram pre­sentes no anúncio pú­blico re­a­li­zado no dia 30 de Junho, junto à praia flu­vial de Me­relim (S. Paio), e não per­deram a opor­tu­ni­dade de va­lo­rizar o tra­balho de­sen­vol­vido pela equipa li­de­rada por Car­mindo So­ares, que ao longo dos úl­timos quatro anos soube de­volver à po­pu­lação da Fre­guesia um sen­ti­mento de bem-estar ge­ne­ra­li­zado.

«Nestes quatro anos, a CDU provou em Me­relim (S. Paio) que é pos­sível gerir as fre­gue­sias ex­clu­si­va­mente ao ser­viço dos ci­da­dãos», su­bli­nhou Carlos Al­meida, adi­an­tando ainda que «este é o exemplo de go­ver­nação que a CDU quer trans­portar para ou­tras fre­gue­sias de Braga e para a gestão mu­ni­cipal. As po­pu­la­ções sabem que só têm a ga­nhar.»