A visita do PR às Ilhas Selvagens foi associada a custos que «colidem declaradamente com os sacrifícios que há largo tempo estão a ser impostos aos serviços de protecção da natureza e do ambiente, nacionais e regionais», comentou a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais. Tais cortes financeiros «levam à existência de vigilância, fiscalização e monitorização deficientes», que a estrutura sectorial da CGTP-IN pormenorizou, num comunicado de 17 de Julho: as áreas protegidas nacionais têm falta de pessoal, diminuem as verbas para a acção normal dos vigilantes e faltam meios de transporte adequados. O Parque Natural do Tejo Internacional, com mais de 26 mil hectares de área, tem apenas dois vigilantes da natureza. Mas o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas está a indicar vigilantes para a «requalificação». Solidário com o Governo, na «contenção da despesa pública», Cavaco Silva não se coibiu de impor custos desnecessários, que poderiam servir para minorar os problemas financeiros com que se defrontam as áreas protegidas.