- Nº 2073 (2013/08/22)
Estátua do Cónego Melo

PCP refuta acusações

PCP

Na sequência das acusações de «incitamento e promoção de actos de vandalismo» proferidas publicamente por um membro da Comissão Promotora da Estátua do cónego Melo, dirigindo-se, entre outros, ao PCP, a Direcção da Organização Regional de Braga do Partido emitiu um comunicado na terça-feira, 13, no qual refuta as acusações e afirma que tais declarações procuram imputar aos militantes comunistas e ao Partido todas as acções existentes – mesmo as que sabem não ser da sua responsabilidade – com o propósito «de os difamar e de direccionar contra eles possíveis ódios».

No comunicado, o PCP reafirma o seu repúdio pela valorização de uma figura que «combateu de forma extremista e terrorista» o 25 de Abril e as suas conquistas, e saúda todos os democratas que têm denunciado os «objectivos retrógrados e revanchistas» subjacentes à colocação da estátua – a dita apareceu num pedestal numa rotunda junto ao cemitério de Braga no passado dia 10, depois de a comissão ter anunciado que a sua inauguração só iria decorrer após a realização das eleições autárquicas.

Reafirmando nada ter a ver com os «actos da noite passada» (a estátua foi atingida com tinta azul, e no pedestal apareceram as inscrições «fascista» e «assassino» a vermelho), o PCP sublinha que eles expressam o descontentamento que «alastra a diferentes sectores da sociedade» e que evidenciam a «falta de consenso na cidade» sobre a questão.

No texto, o PCP alerta ainda para «provocações anticomunistas» que possam vir a surgir, face a «tamanha operação de branqueamento dos únicos responsáveis pela instabilidade política e social que hoje se vive na cidade».