Após dois dias de reuniões com sindicatos e organizações patronais, o primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, deu a conhecer, a 27, o seu projecto de alteração das condições de acesso à reforma.
Mantendo formalmente a idade mínima nos 60 anos, o governo socialista pretende aumentar gradualmente o tempo de contribuições e os descontos para a segurança social.
Actualmente, para aceder à pensão completa, o trabalhador precisa ter 41,5 anos (166 trimestres) de contribuições. Este limite será elevado nos próximos anos até atingir os 43 anos de contribuições, ou seja, 172 trimestres, em 2035.
Na prática, para a maioria dos trabalhadores, isto equivale a uma subida da idade da reforma.
Por outro lado, o valor das contribuições será agravado em 0,3 por cento para trabalhadores e empregadores, mediante subidas graduais nos próximos quatro anos. Com estas medidas, o governo pretende arrecadar 7,3 mil milhões de euros já em 2020.
Os sindicatos, que contestam estas alterações, já convocaram uma jornada nacional para a próxima terça-feira, dia 10.