O festival de patinagem artística proporciona sempre um espectáculo de grande efeito visual e sonoro pela qualidade técnica e artística da execução e pela conjugação de elementos que dão vida aos números. Mas a edição deste ano foi marcada por um momento ainda mais especial de sensibilidade e beleza. Falamos do «Tributo a Álvaro Cunhal» que a Sociedade Filarmónica e Recreio União Alhosvedrense preparou, respondendo a um convite da Comissão de Desporto da Festa.

Bruno Costa, seu criador e que treina os 22 atletas que o executaram (dos 50 atletas que integram a classe de patinagem artística da colectividade), revelou ao Avante! ter aceitado de pronto e com agrado o desafio. Inspiração, pelos vistos, foi coisa que também não lhe faltou, a avaliar pelo tempo de criação – bastaram quatro horas em dois dias – e pelo resultado final que o público tão bem premiou.

A dificuldade maior, disse-nos, foi mesmo encontrar a música, barreira entretanto superada logo que foi «tocado» pelas notas da «Canção de embalar», do Zeca Afonso, uma de três peças do criador de Grândola Vila Morena que serviram de fundo musical à coreografia que encantou e emocionou o público.