Comentando a oficialização do designado «Acordo de governação para a cidade do Porto», firmado entre Rui Moreira, o CDS e o PS, envolvendo a gestão da Câmara e da Assembleia Municipal, bem como das sete freguesias do concelho, a CDU afirma que o «desfecho» corresponde ao resultado de um processo de «namoro político» entre as candidaturas autárquicas do PS e Rui Moreira/CDS, «cujos processos de pré campanha e campanha eleitoral foram marcados por uma grande sintonia, numa postura concordante com os eixos fundamentais dos 12 anos de maioria Rui Rio/Coligação PSD/CDS».

A CDU, em nota de imprensa, dá ainda conta de que o «acordo» alcançado implica o exercício de funções pelos eleitos do PS nos órgãos autárquicos do Porto, mas «sem autonomia nem independência relativamente aos seus aliados políticos», ficando estes «subordinados à concretização de um programa cujos traços essenciais correspondem à continuidade da anterior gestão autárquica da coligação PSD/CDS».

«Com esta atitude, o PS deixou, mais uma vez, “cair a máscara”, demonstrando como eram falsos e oportunistas os seus apelos a uma “coligação de esquerda» que, objectivamente, apenas serviam para camuflar o seu papel na implementação de políticas de direita», acusa a CDU, que assume o compromisso de continuar a defender um «projecto de esquerda para o Porto».