Missão da ONU satisfeita

Síria colabora e cumpre

A mai­oria das ins­ta­la­ções pas­sí­veis de pro­du­zirem armas quí­micas na Síria foram já vi­si­tadas pela missão man­da­tada pelas Na­ções Unidas, a qual também re­cebeu o in­ven­tário do ar­senal e a lo­ca­li­zação dos de­pó­sitos.

Da­masco já en­tregou toda a in­for­mação à missão in­ter­na­ci­onal

Image 14383

De acordo com as in­for­ma­ções pres­tadas ao se­cre­tário-geral da ONU pelos 22 ins­pec­tores da Or­ga­ni­zação para a Proi­bição das Armas Quí­micas (OPAQ) e os 50 ele­mentos das Na­ções Unidas pre­sentes no ter­ri­tório, ci­tadas pela AFP, o pro­cesso de­corre dentro dos prazos pre­vistos e com a co­la­bo­ração «con­sis­tente e cons­tru­tiva» das au­to­ri­dades de Da­masco, que estão a cum­prir es­cru­pu­lo­sa­mente os com­pro­missos as­su­midos. De um total de 23 lo­cais onde a Síria podia pro­duzir aquele tipo de ar­ma­mento, 21 foram já ins­pec­ci­o­nados pela missão da OPAQ e da ONU, que na es­ma­ga­dora mai­oria dos casos ve­ri­ficou a des­truição da sua ca­pa­ci­dade ope­ra­ci­onal.

Na posse dos ins­pec­tores, está, também, o in­ven­tário do ar­senal e a lis­tagem dos lo­cais onde este se en­contra de­po­si­tado, facto que, de acordo com as mesmas fontes, per­mite es­ta­be­lecer o cro­no­grama de um pro­cesso que o Con­selho de Se­gu­rança das Na­ções Unidas de­ter­minou que de­verá estar con­cluído até ao final do pri­meiro se­mestre de 2014.

En­tre­tanto, e a par dos bom­bar­de­a­mentos com mor­teiros, dos ata­ques contra ser­viços e in­fra­es­tru­turas pú­blicas e de for­ne­ci­mento de energia eléc­trica e água po­tável, dos aten­tados à bomba, quase diá­rios, per­pe­trados em todo o país em zonas ur­banas de grande con­cen­tração e trá­fego de civis, os bandos ter­ro­ristas pa­recem em­pe­nhados numa der­ra­deira ten­ta­tiva de se apo­de­rarem de armas quí­micas.

Se­gundo no­ti­ciou a Lusa, o exér­cito sírio com­batia, sá­bado, uma ofen­siva dos grupos ar­mados, ini­ciada se­gunda-feira, 21, tendo como ob­jec­tivo um de­pó­sito si­tuado nos ar­re­dores de Homs. A di­mensão da ba­talha pode ser me­dida pelas pa­la­vras de um dos co­man­dantes mer­ce­ná­rios, Ous­sama Idris, ou­vido pela France Press, para quem o roubo da­quelas armas quí­micas «po­deria per­mitir a li­ber­tação de toda a Síria».

A des­truição do ar­senal quí­mico sírio in­ter­rompeu os planos be­li­cistas norte-ame­ri­canos, que pre­ten­diam der­rubar pela força o go­verno li­de­rado por Ba­char al-Assad abrindo ca­minho à to­mada do poder pelos cha­mados re­beldes. A meio da se­mana pas­sada, os EUA or­de­naram a re­ti­rada de parte da frota de guerra des­lo­cada para o Me­di­ter­râneo desde me­ados de Agosto.




Mais artigos de: Internacional

Escândalo global

Mi­lhares de pes­soas pro­tes­taram em Washington contra o pro­grama de es­pi­o­nagem dos EUA, ini­ci­a­tiva que ocorreu no final de uma se­mana em que foram re­ve­lados novos dados sobre a es­can­da­losa vi­gi­lância global.

Paquistão nega colaboração

Antigos responsáveis governamentais paquistaneses negam ter autorizado e muito menos colaborado com os EUA nos bombardeamentos com aviões não-tripulados no país. O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Islamabad também desmentiu as informações...

Confrontos prosseguem

Homens armados atacaram, na manhã de anteontem, uma coluna de viaturas de passageiros escoltada por militares na província de Sofala, no centro de Moçambique. De acordo com a radioemissora pública, o motorista de um dos autocarros morreu e uma dezena de passageiros sofreu ferimentos...

Consequências da guerra imperialista

Pelo menos 65 pessoas morreram e 110 ficaram feridas, domingo, em resultado da vaga de atentados bombistas no Iraque que atingiram, sobretudo, a maioria xiita. Segundo os dados divulgados pelas autoridades de Bagdad, citados pela France Press, ataques semelhantes já provocaram, este mês, mais de 650...

O que cinco motoristas podem fazer

Esta é uma das leis inabaláveis da história: não é possível pôr fim à luta de classes enquanto elas existirem. Mesmo nos EUA, onde a correlação de forças é avassaladoramente favorável ao capital, a luta...