«Mais condições materiais», «Não aos cortes na educação» e «Está na hora de o Governo ir embora» foram algumas das justas reivindicações que se fizeram ouvir de Norte a Sul do País.

«As políticas de direita deste Governo PSD/CDS apenas têm em vista a destruição da escola pública. São cada vez mais os estudantes que se encontram a estudar em escolas degradadas ou com obras paradas. Muitas foram as escolas que, ilegalmente, abriram sem funcionários que garantissem o funcionamento dos serviços escolares e muitos são os estudantes que se encontram a estudar em turmas de mais de 30 alunos, devido à falta de professores», descreve a JCP, manifestando a sua solidariedade com a luta dos estudantes.

Em nota de imprensa, os jovens comunistas contestam ainda os argumentos do Governo de que «não há dinheiro para a educação», quando o entregam aos bancos e ao grande capital, assim como ao ensino privado, com o «cheque ensino». «Mais uma tentativa de desresponsabilizar o Governo dos seus deveres para com a escola pública, empurrando os estudantes para as escolas privadas», denunciam, criticando ainda o aumento dos preços dos manuais escolares, que rondam os 300 euros, o fim do passe escolar 4_18 e o aumento dos custos dos serviços escolares.

JCP comemora 34.º aniversário
«Transformar o sonho em vida»

No sábado, às 22 horas, o espaço «TMN ao Vivo», no Cais do Sodré, em Lisboa, acolhe uma festa-concerto de celebração do 34.º aniversário da JCP, mas também os valores que caracterizam a organização revolucionária da juventude portuguesa: a fraternidade, a solidariedade, a vontade de «transformar o sonho em vida», a confiança na luta da juventude, a luta pelo Portugal de Abril e por uma sociedade livre da exploração do homem pelo homem, em que as legítimas aspirações da juventude sejam cumpridas, o socialismo.

Nesta iniciativa – que contará com um concerto com as bandas «Gazua» e «Kumpania Algazarra» – estarão presentes centenas de jovens, que virão em autocarros de todos os distritos do País e que participarão no comício do PCP, de 10 de Novembro, no Campo Pequeno, em Lisboa.

«Pretendemos nesta iniciativa transportar para a actualidade e para o futuro “a vida, pensamento e obra” de Álvaro Cunhal e o contributo decisivo que este deu na luta dos trabalhadores, do povo e da juventude, na construção de Abril e das suas conquistas, na defesa dos direitos dos jovens contra os sucessivos ataques perpetrados pela política de direita, e também particularmente na reunificação das juventudes comunistas que deu origem, em 1979, à fundação da JCP», destaca, em nota de imprensa, a Juventude Comunista Portuguesa.