Em vários momentos do debate voltou a assistir-se à habitual troca de acusações entre PS e os partidos da maioria sobre as responsabilidades do campo oposto pela grave situação do País.

O corte nas pensões foi um dos temas para mais um desses números de opereta, com a maioria, por Adão e Silva (PSD) e João Almeida (CDS-PP), a dizer que tal corte já estava previsto no memorando negociado pelo PS e este, pela voz de Pedro Marques, a dizer que não. «Desculpas esfarrapadas que não servem de nada aos viúvos e às viúvas deste País que vão ter pensões cortadas», sublinhou João Oliveira, acusando o Governo de fazer um corte retroactivo a pensões que já foram atribuídas e correspondem a prestações contributivas para as quais as pessoas descontaram uma vida inteira.

E ao CDS-PP lembrou que não escapa à responsabilidade pela opção que tomou e que vai no sentido de «prejudicar os pensionistas para não beliscar um cêntimo os juros da dívida, não beliscar um cêntimo aquilo que vai ser entregue aos banqueiros e aos accionistas dos grupos económicos».