Comunistas solidários

No Pingo Doce resiste-se e luta-se

O PCP está so­li­dário com os tra­ba­lha­dores do Pingo Doce que en­frentam no seu local de tra­balho «ame­aças, pres­sões e chan­ta­gens» para acei­taram a im­po­sição do «banco de horas». Num co­mu­ni­cado da Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Se­túbal do PCP, de 26 de No­vembro, de­nuncia-se a na­tu­reza desta me­dida que a Je­ró­nimo Mar­tins pre­tende impor aos tra­ba­lha­dores, através de um re­gu­la­mento in­terno: o «banco de horas» visa obrigar os tra­ba­lha­dores a aceitar tra­ba­lhar até mais duas horas por dia e 150 por ano, o que é, para o PCP, to­tal­mente ina­cei­tável.

Ao não ser tra­vado este ex­pe­di­ente, a chefia fi­caria de «mãos li­vres» para, sem qual­quer an­te­ce­dência, «impor ao tra­ba­lhador a per­ma­nência no posto de tra­balho por mais duas horas», o que, para muitos, teria con­sequên­cias dra­má­ticas ao nível da sua vida fa­mi­liar e dos pró­prios custos com trans­portes, cre­ches ou amas. E, também, a per­ma­ne­cerem fora de casa por 14 horas (10 de tra­balho (em vez das ac­tuais oito), duas horas de in­ter­valo de re­feição e ou­tras tantas para as des­lo­ca­ções) sem qual­quer com­pen­sação ga­ran­tida. Esta é, aliás, uma das «pé­rolas» deste re­gu­la­mento, que não se com­pro­mete no que res­peita a prazos para com­pen­sação das horas de tra­balho su­ple­men­tares.

O PCP alerta ainda para o facto de o «banco de horas» ser, para além de um claro roubo nos sa­lá­rios (tra­ba­lhar mais por menos), é também um pri­meiro passo para re­duzir ainda mais o mí­nimo de tra­ba­lha­dores em cada secção e em cada loja.

Ape­lando à luta dos tra­ba­lha­dores do Pingo Doce, o PCP lembra a im­por­tância con­creta de que esta se re­veste no ime­diato, pois o re­gu­la­mento em causa es­ti­pula que se mais de 25 por cento dos tra­ba­lha­dores de uma secção ou loja re­jei­tarem por es­crito o «banco de horas», este só será obri­ga­tório para os tra­ba­lha­dores que o acei­tarem.



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