BRAGANÇA

Encerramento de serviços

O Grupo Par­la­mentar do PCP apre­sentou na As­sem­bleia da Re­pú­blica, na quinta-feira, 19, uma in­ter­pe­lação ao Go­verno sobre o en­cer­ra­mento de ser­viços pú­blicos em todo o País. No dia 16, o de­pu­tado Jorge Ma­chado des­locou-se ao dis­trito de Bra­gança para co­nhecer no plano con­creto as con­sequên­cias e di­mensão da po­lí­tica que o Go­verno está a levar a cabo, tendo par­ti­ci­pado numa reu­nião no Hos­pital de Ma­cedo de Ca­va­leiros e com a Di­recção da Di­recção Re­gi­onal de Agri­cul­tura e Pescas do Norte (DRAPN), em Mi­ran­dela.

«Não há ne­nhuma ga­rantia, nem por parte da ad­mi­nis­tração, nem por parte da tu­tela, de que o Ser­viço de Ur­gência Bá­sica (SUB) de Ma­cedo de Ca­va­leiros não seja para en­cerrar, co­lo­cando assim em causa o fun­ci­o­na­mento do pró­prio Hos­pital, que é o único na re­gião com or­to­pedia, fi­si­a­tria, cui­dados pa­li­a­tivos e de AVC», re­fere, em nota de im­prensa, a Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Bra­gança (DORBA) do PCP, lem­brando que a re­es­tru­tu­ração em curso na Uni­dade Local de Saúde do Nor­deste, onde está in­cluída a Uni­dade Hos­pi­talar de Ma­cedo de Ca­va­leiros, visa apenas re­duzir os ho­rá­rios no fun­ci­o­na­mento dos cen­tros de saúde, bem como os custos de pes­soal, mé­dicos, en­fer­meiros e au­xi­li­ares.

Na DRAPN con­firmou-se que o la­bo­ra­tório de apoio à ac­ti­vi­dade agro-pe­cuária vai en­cerrar, pas­sando muitas das suas va­lên­cias para Vairão e Vila do Conde. Em Mi­ran­dela apenas fi­carão as aná­lises do azeite.

A DORBA do PCP con­si­dera, por isso, que o en­cer­ra­mento de nove de 12 re­par­ti­ções de Fi­nanças, de cinco de 11 tri­bu­nais, de três es­ta­ções dos CTT, do único la­bo­ra­tório de apoio à ac­ti­vi­dade agro-pe­cuária, do SUB de Ma­cedo de Ca­va­leiros e a saída do he­li­cóp­tero do INEM, que o Go­verno pre­tende con­cre­tizar, «é con­trária aos in­te­resses dos trans­mon­tanos e da re­gião».

O de­pu­tado David Costa vi­sitou, no mesmo dia, 16 de De­zembro, Vila Nova de Foz Côa, um dos con­ce­lhos do dis­trito da Guarda que fi­cará sem a sua re­par­tição de Fi­nanças, o que obri­gará os utentes a des­lo­ca­ções de mais de 80 qui­ló­me­tros para cum­prirem as suas obri­ga­ções fis­cais. O de­pu­tado es­teve ainda na Fun­dação Côa Parque, tendo con­fron­tado o seu Con­selho de Ad­mi­nis­tração com as cons­tantes di­fi­cul­dades de te­sou­raria de que sofre a ins­ti­tuição.



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