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A viagem de Lisboa a Santarém feita há 170 anos (1)

«E eu per­gunto aos eco­no­mistas po­lí­ticos, aos mo­ra­listas, se já cal­cu­laram o nú­mero de in­di­ví­duos que é for­çoso con­denar à mi­séria, ao tra­balho des­pro­por­ci­o­nado, à des­mo­ra­li­zação, à in­fâmia, à ig­no­rância cra­pu­losa, para pro­duzir um rico?

Que lhe digam no Par­la­mento in­glês, onde, de­pois de tantas co­mis­sões de inqué­rito, já deve de andar or­çado o nú­mero de almas que é pre­ciso vender ao diabo, nú­mero de corpos que se tem de en­tregar antes de tempo ao ce­mi­tério para fazer um te­celão rico e fi­dalgo como Sir Ro­berto Peel, um mi­neiro, um ban­queiro, um gran­je­eiro – seja o que for: cada homem rico, abas­tado, custa centos de in­fe­lizes, de mi­se­rá­veis».

A viagem de Lisboa a Santarém feita há 170 anos (1)

«E eu per­gunto aos eco­no­mistas po­lí­ticos, aos mo­ra­listas, se já cal­cu­laram o nú­mero de in­di­ví­duos que é for­çoso con­denar à mi­séria, ao tra­balho des­pro­por­ci­o­nado, à des­mo­ra­li­zação, à in­fâmia, à ig­no­rância cra­pu­losa, para pro­duzir um rico?

Que lhe digam no Par­la­mento in­glês, onde, de­pois de tantas co­mis­sões de inqué­rito, já deve de andar or­çado o nú­mero de almas que é pre­ciso vender ao diabo, nú­mero de corpos que se tem de en­tregar antes de tempo ao ce­mi­tério para fazer um te­celão rico e fi­dalgo como Sir Ro­berto Peel, um mi­neiro, um ban­queiro, um gran­je­eiro – seja o que for: cada homem rico, abas­tado, custa centos de in­fe­lizes, de mi­se­rá­veis».