Inquérito implica britânicos

Um inquérito apresentado, dia 21, pelo ministro britânico sem pasta, Ken Clarke, na Câmara dos Comuns, revela que os oficiais dos serviços secretos tinham conhecimento tanto das técnicas de interrogatório ilegais como dos maus-tratos infligidos a suspeitos detidos na sequência dos atentados de 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos.

O relatório foi realizado pelo antigo juiz Peter Gibson, que analisou mais de 20 mil documentos secretos sobre as operações dos serviços MI5 e MI6 em território estrangeiro logo após os ataques às Torres Gémeas e ao Pentágono.

As conclusões do inquérito foram parcialmente confirmadas por Jack Straw, ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de Tony Blair, que reconheceu na sessão a transferência de cidadãos britânicos para a prisão norte-americana de Guantánamo, embora tenha ressalvado que «nunca houve um acordo para que os detidos fossem maltratados ou negados os seus direitos».

Por seu lado, o inquérito identificou 27 casos que exigem uma investigação complementar e que deverão ser analisados pelo Comité de Segurança e Inteligência do parlamento.

Várias organizações de direitos humanos criticaram esta decisão, lembrando que o governo se comprometeu a encarregar uma equipa independente, dirigida por um juiz, da investigação de eventuais crimes relacionados com operações no estrangeiro e nas guerras no Iraque e no Afeganistão.



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