Líbia insurrecta

O governo de Tripoli anunciou, quinta-feira, 30, que forças que lhe são leais assumiram o controlo do aeroporto da cidade de Sebha, no Sul do país, que havia sido tomado por brigadas que se opõem ao domínio das milícias envolvidas no derrube do regime liderado por Muamar Kadhafi. Segundo a EFE, os intensos combates provocaram, nos últimos dias, 106 vítimas mortais e 150 feridos.

Um responsável regional admitiu à agência espanhola que os insurrectos que obrigaram o executivo central a decretar, dia 18, o estado de emergência na Líbia, são partidários de Kadhafi e membros da tribo Tobou, recentemente acusada do assassinato de um comandante local. Tal como a minoria Tuaregue, os Tobou e outras comunidades negras responsabilizam os mercenários islamitas de cruéis ataques racistas, detenções, torturas e execuções massivas.

O possível embrião de um levantamento na região de Fezzan é olhado com muita preocupação pelo imperialismo. No dia 25, os ministros da Defesa dos EUA e da França falaram em concentração de «grupos terroristas» no Saara e no Sahel.

Entretanto, e enquanto o primeiro-ministro líbio enfrenta uma insurreição no seu executivo e no parlamento, com ministros a demitirem-se e deputados islamitas a exigirem a sua renúncia, o fundo soberano líbio (cujo valor estimado é de 60 mil milhões de euros) apresentou uma queixa contra o Goldman Sachs, alegando que o banco abusou da confiança e corrompeu dirigentes da Autoridade Líbia de Investimentos, criada em 2006, para obter 257 milhões de euros de lucros em negócios de 740 milhões com investimentos especulativos, os quais, a partir de 2011, terão provocado um enorme prejuízo a Tripoli.



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