Uma «declaração de guerra»: é assim que a federação dos sindicatos da hotelaria da CGTP-IN (FESAHT) caracteriza as propostas avançadas pela associação patronal do Algarve nas reuniões de negociação. Conta a estrutura sindical, num comunicado recente, que a AIHSA manifestou «abertura para discutir aumentos de salários, mas em troca os patrões querem alterar algumas cláusulas» do Contrato Colectivo de Trabalho (CCT). Na mira patronal estão questões relacionadas com horários, folgas, férias e faltas que «passariam a ser reguladas pelo Código do Trabalho» e não pelo CCT. Ou seja, seriam mais desvantajosos para os trabalhadores.
Apelando à unidade e mobilização dos trabalhadores do sector, a FESAHT salienta que a crise de que tanto se fala «não é para todos», pois no sector da hotelaria tem-se verificado um crescimento consecutivo aos longo dos últimos anos, pelo que os salários podem ser aumentados. A última actualização salarial, lembra a federação, ocorreu em 2009. Nos últimos três anos a inflação atingiu os 7,8 por cento e o aumento da carga fiscal sobre o trabalho provocou uma diminuição salarial de 8,3 por cento.