Os ta­libãs alertam que vão sa­botar as «elei­ções» pre­si­den­ciais con­vo­cadas para o pró­ximo dia 5 de Abril no Afe­ga­nistão. Em co­mu­ni­cado, ci­tado pela Lusa, o mo­vi­mento or­dena a «todos os 'mud­jahi­di­nes' para que uti­lizem todas as forças à sua dis­po­sição para im­pedir a farsa e ata­quem todos os tra­ba­lha­dores, ac­ti­vistas e mem­bros das forças de se­gu­rança», e apela «aos com­pa­tri­otas para «se man­terem afas­tados dos co­lé­gios elei­to­rais, das urnas, das ac­ti­vi­dades de cam­panha» a fim de evi­tarem «que as suas vidas corram pe­rigo».

No mesmo texto, os ta­libãs con­si­deram que as elei­ções «já se re­a­li­zaram nos es­cri­tó­rios da CIA», onde «o seu can­di­dato fa­vo­rito já ga­nhou», e ad­vertem que o ven­cedor «pa­re­cerá afegão, mas terá men­ta­li­dade, visão, credo e ideais ame­ri­canos, em con­flito com os en­si­na­mentos sa­grados do Islão».

Antes, no sá­bado, 8, em Ja­la­labad, num aten­tado não rei­vin­di­cado e com um grau de so­fis­ti­cação maior do que o ha­bi­tu­al­mente usado pelos ta­libãs, o go­ver­nador do dis­trito de Nazyan, pro­víncia de Nan­garhar, foi as­sas­si­nado. Já na quinta-feira, 6, cinco sol­dados mor­reram e pelo menos ou­tras 17 pes­soas, entre mem­bros das forças de se­gu­rança e civis, fi­caram fe­ridas num bom­bar­de­a­mento efec­tuado por um avião não-tri­pu­lado das forças ocu­pantes.