Comemorar o 25 de Abril e a Constituição da República

Portugal soberano e desenvolvido

O Grande Au­di­tório da Fa­cul­dade de Ci­ên­cias da Uni­ver­si­dade de Lisboa acolhe, no dia 29 de Março, às 15 horas, uma sessão co­me­mo­ra­tiva do 40.º ani­ver­sário do 25 de Abril e do 38.º ani­ver­sário da pro­mul­gação da Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa.
A ini­ci­a­tiva, com en­trada livre, in­clui po­esia e mú­sica, con­tando com a par­ti­ci­pação de Fer­nanda Lapa, Luísa Amaro, Sa­muel, Maria João Luís, Carmen Santos, Luísa Or­ti­goso, Joana Ma­nuel e do Coro Po­li­fó­nico do Clube do Sar­gento da Ar­mada, entre muitos ou­tros. Terão ainda lugar vá­rias in­ter­ven­ções e de­poi­mentos, entre eles de Mar­tins Guer­reiro, Levy Ba­tista, An­tónio Cluny, San­tana Cas­tilho e José Er­nesto Car­taxo.
A sessão é pro­mo­vida por um grupo de per­so­na­li­dades de di­versas áreas, como Al­fredo Maia (jor­na­lista), Álvaro Siza Vi­eira (ar­qui­tecto), Ana Luísa Amaral (poeta), An­tónio Avelãs Nunes (pro­fessor uni­ver­si­tário), An­tónio Cluny (pro­cu­rador-geral ad­junto), An­tónio Pinho Vargas (mú­sico e com­po­sitor), An­tónio Sam­paio da Nóvoa (an­tigo Reitor da Uni­ver­si­dade de Lisboa), Cor­reia da Cunha (mé­dico e ex-pre­si­dente do CA do Centro Hos­pi­talar Norte), De­o­linda Ma­chado (ac­ti­vista ca­tó­lica), Dulce Re­belo (pro­fes­sora uni­ver­si­tária), Duran Cle­mente (mi­litar de Abril), Fran­cisco Castro Rego (ex-di­rector-geral das Flo­restas), Gui­lherme da Fon­seca (juiz con­se­lheiro ju­bi­lado), Inês Gre­gório (ac­triz), Isabel Al­legro de Ma­ga­lhães (pro­fes­sora uni­ver­si­tária), Joana Ma­nuel (ac­triz), José Er­nesto Car­taxo (sin­di­ca­lista), José Goulão (jor­na­lista), Ka­lidás Bar­reto (sin­di­ca­lista), Levy Bap­tista (ad­vo­gado), Maia Costa (juiz con­se­lheiro do Su­premo Tri­bunal de Jus­tiça), Ma­nuel Gusmão (poeta e pro­fessor uni­ver­si­tário), Mar­tins Guer­reiro (al­mi­rante), No­ronha Nas­ci­mento (juiz con­se­lheiro ju­bi­lado e an­tigo pre­si­dente do Su­premo Tri­bunal de Jus­tiça), Nuno Ramos de Al­meida (jor­na­lista), Oc­távio Tei­xeira (eco­no­mista) e Pe­zarat Cor­reia (ge­neral, mi­litar de Abril), entre ou­tros.

Mo­vi­mento li­ber­tador

No apelo à par­ti­ci­pação na ini­ci­a­tiva lê-se que «o 25 de Abril foi um mo­vi­mento li­ber­tador de que her­dámos o re­gime po­lí­tico-cons­ti­tu­ci­onal em que temos vi­vido desde então. Mas, qua­renta anos vol­vidos, a nova ge­ração atra­vessa um pe­ríodo pe­noso da nossa vida co­lec­tiva. Não por culpa do re­gime cons­ti­tu­ci­onal, que con­sa­grou e de­fendeu avanços ine­gá­veis, que ilu­minam a his­tória do nosso País. Mas em con­sequência das po­lí­ticas se­guidas nos anos mais re­centes, que têm des­man­te­lado es­tru­turas pro­du­tivas, su­pri­mido ser­viços e pres­ta­ções do Es­tado so­cial, acen­tuado as­si­me­trias so­ciais e ter­ri­to­riais.»
Para os sig­na­tá­rios, «o pro­blema da dí­vida e do dé­fice das contas pú­blicas tem sido ar­di­loso pre­texto quer para a de­ne­gação de di­reitos e ga­ran­tias, quer para o des­man­te­la­mento de fun­ções so­ciais do Es­tado, quer para o ataque a ins­ti­tui­ções da sua so­be­rania – sem que to­davia tenha ob­viado à maior acu­mu­lação de pri­vi­lé­gios pri­vados e de ca­pi­tais em anó­nimos mer­cados».
Daí que, «em con­tra­po­sição à chan­tagem fi­nan­ceira, fir­mamo-nos, sim, nos su­pe­ri­ores va­lores da vida, da dig­ni­dade e da fe­li­ci­dade dos por­tu­gueses e na ca­pa­ci­dade do povo por­tu­guês em de­fender a de­mo­cracia num Por­tugal so­be­rano e de­sen­vol­vido».
«Porque não to­le­ramos viver pri­si­o­neiros no pró­prio país, que é o nosso, porque não que­remos que a so­be­rania do povo con­tinue a ser pro­fa­nada, ape­lamos aos por­tu­gueses para que as­sumam o com­pro­misso de tudo fa­zerem para que Por­tugal se li­berte das amarras que o prendem e assim pos­samos re­tomar a ca­mi­nhada por um “Por­tugal so­be­rano e de­sen­vol­vido”», con­clui o do­cu­mento.




Mais artigos de: Nacional

Negociatas em Lisboa

João Fer­reira e Carlos Moura, ve­re­a­dores do PCP, fazem um ba­lanço ne­ga­tivo dos pri­meiros 150 dias do ter­ceiro man­dato de An­tónio Costa, do PS, à frente da Câ­mara de Lisboa.

Luta no Superior

O Dia do Es­tu­dante foi as­si­na­lado um pouco por todo o País, na se­gunda-feira, com di­versas ac­ções e ini­ci­a­tivas para de­nun­ciar a falta de in­ves­ti­mento no En­sino Su­pe­rior. No dia 2 de Abril os es­tu­dantes ma­ni­festam-se em Lisboa.