Firmes na Valorsul

«Apesar das pres­sões exer­cidas pelos go­ver­nantes, das ame­aças e das ma­no­bras in­ti­mi­da­tó­rias da ad­mi­nis­tração, a greve cum­priu os seus ob­jec­tivos, tra­du­zindo-se num grande su­cesso» e «os tra­ba­lha­dores, apoi­ados pelas po­pu­la­ções, man­ti­veram-se firmes e ne­nhum carro de re­sí­duos en­trou na Cen­tral de S. João da Talha nem no Aterro de Mato da Cruz», des­tacou o SITE CSRA, num co­mu­ni­cado em que saudou a greve na Va­lorsul.
No do­cu­mento, di­vul­gado sexta-feira, pri­meiro dia de re­toma da la­bo­ração, o Sin­di­cato dos Tra­ba­lha­dores das In­dús­trias Trans­for­ma­doras, Energia e Ac­ti­vi­dades do Am­bi­ente do Centro-Sul e Re­giões Au­tó­nomas re­alça que «os tra­ba­lha­dores da Va­lorsul deram mais uma grande prova da sua cons­ci­ência so­cial e cí­vica, ao cum­prirem com êxito os quatro dias de greve, tendo como prin­ci­pais ob­jec­tivos a exi­gência do cum­pri­mento dos di­reitos do Acordo Co­lec­tivo de Tra­balho e a re­po­sição dos sa­lá­rios rou­bados pelo Go­verno, mas também a luta contra a pri­va­ti­zação da em­presa que, a con­cre­tizar-se, iria trans­formar uma em­presa lu­cra­tiva, pres­ta­dora de um ser­viço pú­blico es­sen­cial, num ne­gócio pri­vado, rui­noso para o País e para as po­pu­la­ções».
O sin­di­cato da Fi­e­qui­metal/​CGTP-IN re­pu­diou o facto de o de­creto para a pri­va­ti­zação da Em­presa Geral do Fo­mento (EGF, do uni­verso Águas de Por­tugal, onde se in­tegra a Va­lorsul) ter sido pro­mul­gado pelo Pre­si­dente da Re­pú­blica e re­a­firmou que a pri­va­ti­zação vai con­ti­nuar a ter a opo­sição e a re­sis­tência dos tra­ba­lha­dores. In­sistiu também na exi­gência de de­missão do Go­verno, «o mais ra­pi­da­mente pos­sível».

Cam­panha

Em de­fesa dos ser­viços pú­blicos de re­sí­duos e contra a in­tenção do Go­verno de pri­va­tizar a EGF, o STAL levou a cabo an­te­ontem, em vá­rias lo­ca­li­dades, ac­ções de es­cla­re­ci­mento e mo­bi­li­zação da po­pu­lação.
As­si­na­lando que o de­creto da pri­va­ti­zação foi já pu­bli­cado (DL n.º 45/​2014) «com o ver­go­nhoso be­ne­plá­cito de Ca­vaco Silva», o STAL afirmou a ne­ces­si­dade de «in­ten­si­ficar a luta para travar este pro­cesso rui­noso para o País e efec­tuado à re­velia e contra a von­tade ex­pressa da ge­ne­ra­li­dade dos mu­ni­cí­pios».
Além da dis­tri­buição de um fo­lheto por ac­ti­vistas e di­ri­gentes sin­di­cais, nal­guns casos com apoio de carros de som, o STAL foi en­tregar ao Mi­nis­tério do Am­bi­ente, ao fim da manhã, um do­cu­mento a fun­da­mentar a ne­ces­si­dade de manter a EGF como em­presa pú­blica.
O grupo de em­presas da EGF con­trola cerca de 65 por cento do tra­ta­mento e va­lo­ri­zação de re­sí­duos ur­banos, em­prega cerca de dois mil tra­ba­lha­dores e apre­senta im­por­tantes lu­cros anuais, nota ainda o STAL, que pros­segue a re­colha de as­si­na­turas para uma pe­tição «Em de­fesa dos ser­viços pú­blicos de re­sí­duos».

 



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