Lixo privado
O PCP está contra a intenção da Câmara Municipal da Guarda de proceder à privatização completa da recolha de lixos. Segundo foi noticiado pela comunicação social, o executivo pretende alienar por cinco anos o que resta em gestão pública desde serviço, tendo sido concessionado por maiorias anteriores o tratamento e o depósito final, bem como a recolha na cidade da Guarda. A Comissão Concelhia da Guarda salienta que a concessão de um serviço público é, «por definição, a entrega do monopólio da prestação desse serviço a uma empresa de direito privado, transformando assim o serviço público num negócio monopolista com objectivo de lucro para o concessionário». As declarações do presidente da autarquia de que esta pouparia, com a concessão, «um milhão de euros», preocupam os comunistas, certos de que quem pagará esse valor serão os utentes. O PCP teme ainda que os funcionários actualmente afectos a estes serviços possam ter os seus empregos ameaçados. A extinção destes postos de trabalho poderá, eventualmente, vir a constituir um pretexto a posteriores despedimentos através dos mecanismos de «mobilidade especial».