Comunista vence na Sibéria

O can­di­dato do Par­tido Co­mu­nista da Fe­de­ração Russa (PCFR) venceu as elei­ções mu­ni­ci­pais re­a­li­zadas do­mingo, 6, em No­vo­si­birsk, a ter­ceira ci­dade mais po­pu­losa da Rússia e a maior da Si­béria. De acordo com dados ofi­ciais di­vul­gados pela Co­missão Elei­toral, Ana­toli Lokot bateu nas urnas o con­cor­rente do par­tido Rússia Unida (RU), de Vla­dimir Putin, re­co­lhendo 43,7 por cento do total dos votos vá­lidos.

O triunfo do membro do Co­mité Cen­tral e ex-de­pu­tado pelo PCFR na me­tró­pole de 1,5 mi­lhões de ha­bi­tantes, ca­pital e centro ad­mi­nis­tra­tivo, cul­tural, in­dus­trial e ci­en­tí­fico da Si­béria, foi sur­pre­en­dente. O can­di­dato do RU, Vla­dimir Znatkov, ocu­pava a pre­si­dência da Câ­mara desde Ja­neiro e usou o cargo para manter uma pre­sença cons­tante na co­mu­ni­cação so­cial, ma­nobra à qual se juntou uma cam­panha de in­to­xi­cação da opi­nião pú­blica que as­se­gu­rava que Lokot pre­pa­rava uma vaga de «terror ver­melho» e purgas na ad­mi­nis­tração local caso che­gasse ao poder.

Em con­fe­rência de im­prensa re­a­li­zada se­gunda-feria, 7, Ana­toly Lokot não perdeu tempo com as falsas acu­sa­ções e ca­lú­nias com claros ob­jec­tivos pro­pa­gan­dís­ticos, pre­fe­rindo agra­decer ao povo de No­vo­si­birsk a con­fi­ança de­po­si­tada, ga­ran­tido-lhes, ainda, a aber­tura das portas da gestão mu­ni­cipal à sua par­ti­ci­pação e es­cru­tínio.

A pri­meira me­dida anun­ciada por Lokot foi a re­a­li­zação de uma jor­nada de tra­balho vo­lun­tário na ci­dade.




Mais artigos de: Internacional

Levantamento antigolpista <br> a Sul e a Leste

Po­pu­lares as­sal­taram ór­gãos do poder em grandes ci­dades no Leste e Sul da Ucrânia exi­gindo pro­nun­ciar-se sobre o es­ta­tuto das re­giões. O go­verno gol­pista ucra­niano res­ponde com re­pressão, apesar da ad­ver­tência da Rússia sobre o pe­rigo do con­flito de­ge­nerar numa guerra civil.

Pela paz, não à NATO!

Por ini­ci­a­tiva do Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês e por oca­sião dos 65 anos da fun­dação da NATO, 53 par­tidos co­mu­nistas e ope­rá­rios subs­cre­veram um apelo comum (que abaixo pu­bli­camos na ín­tegra) no qual de­nun­ciam a res­pon­sa­bi­li­dade da Ali­ança Atlân­tica por agres­sões cri­mi­nosas e pela mi­li­ta­ri­zação das re­la­ções in­ter­na­ci­o­nais, e apelam aos povos para que «re­forcem a luta contra a guerra e a NATO, pela cons­trução de um fu­turo de paz, pro­gresso e jus­tiça so­cial».

Eleições e incertezas <br> na Guiné-Bissau

Um dos mais pobres e conflituosos países da África, a Guiné-Bissau, vai às urnas no domingo, 13 de Abril, mas as eleições por si só não resolverão a profunda crise em que o país mergulhou. Num processo financiado, organizado e vigiado de perto...

Diálogo na Venezuela

Governo da Venezuela e representantes da opositora Mesa de Unidade Nacional (MUD) reuniram, ao final do dia de anteontem, para discutir a agenda para um diálogo de paz. De acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Equador, Ricardo Patiño, as partes têm um ponto em comum: a recusa da...