Sem tréguas

 

A CGTP-IN re­cusa con­fundir o in­te­resse na­ci­onal com a es­po­li­ação e o em­po­bre­ci­mento dos tra­ba­lha­dores e do povo. Pro­me­tendo não dar tré­guas à po­lí­tica de di­reita, a cen­tral anun­ciou no 1.º de Maio im­por­tantes ac­ções para os pró­ximos tempos, para dar força às exi­gên­cias de mu­dança de po­lí­tica e de Go­verno, às pro­postas al­ter­na­tivas e a uma po­lí­tica de es­querda e so­be­rana, para con­testar as me­didas mais re­centes e re­chaçar novas ame­aças, para afirmar a ur­gência de au­mentos sa­la­riais.

Apon­tando como inequí­voco sinal de con­fi­ança os mais de 54 mil tra­ba­lha­dores que, nos úl­timos dois anos, en­traram para os sin­di­catos da CGTP-IN, Ar­ménio Carlos saudou as lutas na Amarsul, na INCM e nas minas da Pa­nas­queira; a se­mana pela edu­cação in­clu­siva, pro­mo­vida pela Fen­prof até dia 10; a greve na DURA, de hoje até dia 16; a greve na GSET e as con­cen­tra­ções na Strong, ontem e amanhã; a greve na Cel-Cat, amanhã; a ma­ni­fes­tação na­ci­onal do pes­soal da ad­mi­nis­tração local, amanhã, em Lisboa; as greves que têm lugar hoje, na CP, CP Carga e Refer, e dia 15, na TST e em­presas do Grupo Transdev.

De 25 de Maio, data das elei­ções para o Par­la­mento Eu­ropeu, a Inter vai fazer «um dia de luta na­ci­onal, tra­du­zindo a luta em voto, para pe­na­lizar os que, lá como cá, estão com­pro­me­tidos com a go­ver­nação eco­nó­mica e o tra­tado or­ça­mental, com a po­lí­tica de di­reita que in­fer­niza as nossas vidas e hi­po­teca o de­sen­vol­vi­mento do País». No seu dis­curso na Ala­meda, o Se­cre­tário-Geral da CGTP-IN alertou que a abs­tenção, o voto em branco ou o voto nulo apenas da­riam mais força aos res­pon­sá­veis pela ac­tual si­tu­ação e de­fendeu que se deve «votar em cons­ci­ência, na­queles que de­fendem os nossos in­te­resses, re­jeitam ine­vi­ta­bi­li­dades e que, de forma con­se­quente, têm com­ba­tido e com­batem a po­lí­tica de di­reita, apre­sentam so­lu­ções para o País e estão ao lado dos tra­ba­lha­dores e do povo, ba­tendo-se por uma Eu­ropa de co­o­pe­ração entre países so­be­ranos e iguais em di­reitos e por um Por­tugal com fu­turo».

A ins­ti­tuição do sa­lário mí­nimo na­ci­onal, a 27 de Maio de 1974, será mo­tivo para re­a­lizar uma grande acção, cen­trada nos lo­cais de tra­balho, na se­mana de 26 a 31 deste mês, exi­gindo desde já que o SMN au­mente para 515 euros a partir de 1 de Junho.

Foram ainda anun­ci­adas duas grandes ma­ni­fes­ta­ções, a 14 de Junho, no Porto, e a 21 de Junho, em Lisboa, como pontos de con­fluência das rei­vin­di­ca­ções mais pre­mentes dos tra­ba­lha­dores e do mo­vi­mento sin­dical uni­tário.

«Está visto que a ofen­siva não cessa en­quanto não der­ro­tarmos a po­lí­tica de di­reita e não pu­sermos na rua os go­vernos que a exe­cutam», afirma-se na re­so­lução que o Con­selho Na­ci­onal da Inter aprovou no dia 5.




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