A polícia expulsou do parlamento hondurenho, dia 13, o ex-presidente Manuel Zelaya e dezenas de apoiantes e deputados do seu partido. Os membros do Liberdade e Refundação foram atacados à bastonada quando protestavam contra a entrada em vigor do novo regulamento interno do Congresso e de diplomas relativos à segurança, justiça e economia do país. Os manifestantes acusaram ainda o governo liderado por Juan Orlando Hernández e a maioria formada pelos partidos Nacional e Liberal de instalarem uma ditadura no território.

A tensão entre forças antigolpistas e organizações envolvidas ou transigentes para com o golpe de Estado que em 2009 derrubou o então presidente Manuel Zelaya, atinge um novo pico devido ao aumento da repressão contra dirigentes e militantes progressistas.

Dia 8 de Maio, o director da Casa Aliança Honduras foi espancado pela polícia. A líder do Comité de Familiares de Detidos e Desaparecidos, Berta Oliva, relaciona o incidente com a denúncia do crescimento das violações dos direitos das crianças e jovens, justamente feito por José Ruelas.

Nos últimos três meses, afirmam o Comité e a Aliança, pelo menos 259 crianças e jovens foram assassinados nas Honduras, onde, acusam, funcionam vários esquadrões da morte que executam quem rejeita integrar bandos criminosos.

Já no dia 12, desconhecidos dispararam contra o dirigente e eleito do Partido Liberdade e Refundação Rafael Barahona.