Com toda a confiança!

Margarida Botelho

No pró­ximo do­mingo elege-se os 21 de­pu­tados por­tu­gueses para o Par­la­mento Eu­ropeu. A questão que está co­lo­cada aos tra­ba­lha­dores e ao povo por­tu­guês é a de es­co­lher quem os vai re­pre­sentar nos pró­ximos cinco anos em Bru­xelas e Es­tras­burgo: gente sub­missa aos in­te­resses do grande ca­pital na­ci­onal e eu­ropeu? Ou gente que seja a voz in­can­sável e in­do­mável dos in­te­resses dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País?

O voto que conta para o com­bate à po­lí­tica de di­reita é o voto na CDU

O voto na CDU nas elei­ções para o Par­la­mento Eu­ropeu é o voto co­e­rente e de­ci­sivo para con­denar a po­lí­tica das troikas na­ci­onal e es­tran­geira, para dar força à luta de todos os que se re­cusam a as­sistir à des­truição das suas vidas e do seu País.

É um voto que anima a cor­rente de es­pe­rança na cons­trução de um Por­tugal livre e so­be­rano, do Por­tugal de Abril. O voto dos que sabem que é pos­sível, com uni­dade e luta, re­cu­perar di­reitos e sa­lá­rios rou­bados. O voto dos que re­jeitam as im­po­si­ções das troikas, a sub­missão e a de­pen­dência.

O voto in­dis­pen­sável para de­fender lá no Par­la­mento Eu­ropeu os in­te­resses na­ci­o­nais e para de­nun­ciar cá no País o que por lá se co­zinha. O voto que conta para mi­ni­mizar os con­di­ci­o­na­mentos e con­sequên­cias da in­te­gração ca­pi­ta­lista eu­ro­peia e para uti­lizar a favor do pro­gresso so­cial todos os meios e pos­si­bi­li­dades exis­tentes. O voto que conta para abrir ca­minho a uma co­o­pe­ração entre es­tados iguais em di­reitos, numa Eu­ropa de paz, pro­gresso e co­o­pe­ração.

Votar na CDU é fazê-lo com a con­fi­ança de que o voto não será traído. É uma força que tem como con­cepção e prá­tica nos exer­cício dos cargos pú­blicos apre­sentar pro­gramas elei­to­rais e prestar contas re­gu­lar­mente sobre o seu cum­pri­mento. É assim no Par­la­mento Eu­ropeu, como na As­sem­bleia da Re­pú­blica ou nas au­tar­quias lo­cais. O tra­balho dos de­pu­tados da CDU no Par­la­mento Eu­ropeu – com mais de 1100 per­guntas, 600 in­ter­ven­ções, três mil de­cla­ra­ções de voto, mais de 500 vi­sitas e reu­niões em ter­ri­tório na­ci­onal – im­pres­siona pela di­mensão, mas so­bre­tudo pela li­gação à vida, aos pro­blemas e à re­a­li­dade por­tu­guesa.

Votar na CDU é eleger de­pu­tados que se apre­sentam às elei­ções para servir e não para se ser­virem. O prin­cípio es­ta­tu­tário dos co­mu­nistas eleitos para cargos pú­blicos não serem pre­ju­di­cados nem be­ne­fi­ci­ados nesse exer­cício é uma opção po­lí­tica, que tem também uma forte com­po­nente ética. Sig­ni­fica que os eleitos co­mu­nistas mantêm o mesmo es­tilo de vida que ti­nham antes de serem eleitos, que sabem do que falam quando de­nun­ciam as di­fi­cul­dades por que passam os tra­ba­lha­dores e o povo, que são li­vres face a pres­sões e de­pen­dên­cias dos cargos. Num tempo em que cam­peiam con­cep­ções po­pu­listas sobre «os par­tidos todos iguais», esta marca es­sen­cial da di­fe­rença e da in­de­pen­dência dos eleitos co­mu­nistas é um facto ainda não su­fi­ci­en­te­mente co­nhe­cido que de­vemos afirmar.

O voto que conta

Há muita gente des­con­tente com o rumo im­posto ao País, de­ses­pe­rada pe­rante uma vida ar­rui­nada pelo de­sem­prego, os cortes nos sa­lá­rios e nas pen­sões, a di­fi­cul­dade em aceder aos cui­dados de saúde, à edu­cação, à Jus­tiça, as­so­ber­bada por pre­o­cu­pa­ções que nal­guns casos nunca ima­ginou vir a ter, de quase so­bre­vi­vência, sua ou dos seus. Há muita gente que faz bem o di­ag­nós­tico aos 37 anos de po­lí­tica de di­reita, que com­pre­ende per­fei­ta­mente e vive as con­sequên­cias que re­sultam do com­pro­misso da troika na­ci­onal – PS, PSD e CDS – com a troika es­tran­geira e o grande ca­pital. Gente que se in­digna com a im­pu­ni­dade, a in­jus­tiça, a forma como se hu­milha um país e um povo, como se des­trói o que levou dé­cadas a cons­truir. Muitos desses já de­ci­diram con­fiar o seu voto à CDU. Ou­tros he­sitam, con­fun­didos com falsas saídas como o voto branco, o voto nulo, o não ir lá, o voto em forças po­pu­listas. A todos é pre­ciso dar a con­fi­ança de que o voto que conta para o com­bate à po­lí­tica de di­reita, para afirmar di­reitos, para não dar des­canso a quem quer des­truir este povo e este País, é o voto na CDU.

O re­sul­tado da CDU está em cons­trução até à pu­bli­cação dos re­sul­tados. De­pende em pri­meiro lugar do voto de cada um. Mas de­pende também da mo­bi­li­zação de ou­tros para o voto, do es­cla­re­ci­mento de como se vota cor­rec­ta­mente na CDU (não é de­mais di­vulgar o sím­bolo da foice e do mar­telo com o gi­rassol), de uma fis­ca­li­zação ade­quada do acto elei­toral, que é ga­rantia da de­mo­cra­ti­ci­dade e trans­pa­rência da ex­pressão do voto po­pular.

Vamos pois ao tra­balho de cons­trução de um grande re­sul­tado elei­toral da CDU! Com toda a con­fi­ança!




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