Direitos não se negoceiam

O PCP acusa o Governo de, com o sucessivo encerramento de serviços públicos, continuar a acelerar o despovoamento do interior. Num comunicado da Direcção Regional do Alentejo (DRA), de dia 20, o Partido recusa frontalmente o encerramento de mais serviços públicos, como escolas e centros de saúde, e a «centralização» de outros, como valências hospitalares, apelando aos eleitos autárquicos, às comissões de utentes dos serviços públicos para que «lutem e resistam, mobilizando as populações para a defesa dos serviços públicos».

A DRA denuncia ainda a manobra que o executivo PSD-CDS tem em curso, que envolve o «estabelecimento de um clima de pressão e chantagem junto das populações e das autarquias, procurando culpar as autarquias pelo encerramento de serviços, quando não cedem às suas intenções». Para o PCP, é inaceitável que o Governo, «numa autêntica golpada», decida retirar mais direitos às populações, encerrando serviços, ao mesmo tempo que afirma estar a abrir «uma linha de “diálogo” ou “negociação” com as autarquias»; a ideia do Governo, acusa o Partido, é afirmar a vontade de, por exemplo, encerrar 100 escolas para que as autarquias venham propor que sejam «apenas» 50 e vir o Governo concluir pelo fecho de 60. As autarquias ficavam, assim, com o ónus do encerramento destes importantes serviços.

Para o PCP, «não há negociação possível com um Governo que tem como objectivo principal encerrar serviços públicos». Quanto ao PS, acrescenta-se, assume um «posicionamento demagógico e populista», ao apresentar-se como grande defensor dos serviços públicos quando, com os sucessivos PEC, iniciou o encerramento de serviços públicos. 




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