Bulgária antecipa eleições

O presidente da Bulgária, Rosen Plevneliev, anunciou no domingo, 29, a dissolução do parlamento a 6 de Agosto e a realização de legislativas antecipadas a 5 de Outubro, para superar meses de crise política no país.

«Com o actual parlamento é impossível formar um novo governo», afirmou Plevneliev.

O governo minoritário de Plamen Oresharski aceitou demitir-se, no início deste mês, depois de o seu principal apoio, o Partido Socialista, ter sido derrotado pela oposição conservadora nas eleições europeias de Maio.

No poder há mais de um ano e contestado na rua, o actual governo foi incapaz de promover o crescimento económico no país mais pobre da UE, onde o salário mínimo equivale a 170 euros.

As últimas sondagens dão como favorito o partido conservador Cidadãos para o Desenvolvimento Europeu da Bulgária (GERB) do antigo primeiro-ministro Boiko Borisov, que se demitiu em Fevereiro de 2013 na sequência de manifestações contra os elevados preços da energia.

A agravar a instabilidade política, o Banco Nacional da Bulgária foi obrigado na passada semana a salvar da bancarrota o Corpbank, quarto maior banco do país.

Depois desta intervenção, na sexta-feira, 27, formaram-se enormes filas nas dependências de outros bancos para levantamento de depósitos, em particular no Fibank, devido a rumores sobre uma alegada bancarrota.

O presidente Plevneliev pediu calma: «O dinheiro dos cidadãos e das empresas nos bancos está garantido e em lugar seguro».

O chefe de Estado declarou que «não existe uma crise bancária, mas uma crise de confiança (entre os políticos e as instituições), e também há um ataque criminoso contra o sistema bancário. Os culpados serão perseguidos com todo o rigor da lei».

O líder conservador Borisov defendeu que a Bulgária deverá procurar imediatamente a ajuda do Fundo Monetário Internacional para restaurar a calma financeira.




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