A de­cisão do Go­verno de avançar com 4,9 mil mi­lhões de euros para o BES/«​Novo Banco» evi­dencia bem como a po­lí­tica de di­reita está ao ser­viço do grande ca­pital, diz a CGTP-IN em co­mu­ni­cado, afir­mando que, ao con­trário do que é apre­goado pelo Exe­cu­tivo PSD/​CDS-PP, é o di­nheiro dos por­tu­gueses que está a ser apli­cado nesta ope­ração, e es­cla­re­cendo que os 4,4 mil mi­lhões de euros com origem na tranche da troika vão custar mais de 330 mi­lhões por ano aos con­tri­buintes. 
Sobre a forma como a in­ter­venção es­tatal foi anun­ciada, a Inter con­si­dera que o re­curso à fi­gura do go­ver­nador do Banco de Por­tugal não é mais que «uma fuga às res­pon­sa­bi­li­dades por parte do Go­verno e a ten­ta­tiva de iludir os tra­ba­lha­dores e o povo, mas­ca­rando de téc­nica uma opção que é po­lí­tica».
Em­bora os con­tornos desta in­ter­venção es­tejam por es­cla­recer, a CGTP de­nuncia «o pro­cesso de bran­que­a­mento que po­derá estar em curso» no Grupo Es­pí­rito Santo, bem como o enorme desvio de re­cursos para salvar os seus ne­gó­cios, por parte de um Go­verno que diz não haver meios para a edu­cação, a saúde, a pro­tecção so­cial e os ser­viços pú­blicos.
A Inter, que exige o re­forço do con­trolo pú­blico do sector fi­nan­ceiro face à «pro­li­fe­ração de “es­quemas” frau­du­lentos», de­fende ainda o re­curso ao pa­tri­mónio dos grandes ac­ci­o­nistas para fazer frente às perdas co­nhe­cidas e às que vi­erem a ser re­ve­ladas, e não aos ren­di­mentos dos tra­ba­lha­dores e pen­si­o­nistas.