- Nº 2128 (2014/09/11)

Festa, resistência, futuro

Festa do Avante!

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O Partido que constrói a Festa é o mesmo que durante anos resistiu ao fascismo, teve um papel determinante para que a revolução tivesse o conteúdo progressista e popular que teve e se assume hoje, uma vez mais, como a força política capaz de apontar aos trabalhadores e ao povo um caminho de progresso, justiça social e soberania. Um caminho feito, como sempre, da unidade e da luta dos trabalhadores, dos democratas e dos patriotas.

Em todo o Espaço Central (porque é dele que aqui falamos), o Partido Comunista Português – a sua história, a sua imprensa, o seu Programa – esteve uma vez mais em destaque: na exposição que, sendo sobre a Revolução de Abril, não podia – por falar verdade – deixar de valorizar o papel determinante do PCP; no local dedicado à imprensa do Partido, o Avante! e O Militante, onde antigos tipógrafos clandestinos mostravam como eram feitos, na longa noite fascista, os jornais e manifestos que transformavam a insatisfação em revolta e esta em luta organizada. Como hoje sucede, aliás, diferenças à parte... E, claro, também no «Adere ao PCP», onde dirigentes e eleitos do Partido conversaram com os visitantes da Festa, esclarecendo dúvidas, dissipando preconceitos, clarificando aspectos da proposta e do Programa do PCP. Destas conversas resultaram várias adesões ao Partido.

 Projecto e sonho

Como é evidente, estas questões estiveram presentes nos debates. Três deles, aliás, foram-lhe dedicados: «Partido da Resistência, Partido de Abril, um Projecto de Futuro», com Armindo Miranda e Octávio Augusto, da Comissão Política, e Cátia Lapeiro, da JCP e do CC; «Avante!, ao Serviço dos Trabalhadores e do Povo Português», com Manuel Rodrigues, da Comissão Política e director do Avante!, e Graça Osório, do organismo da cidade de Beja do PCP; e «Luta, Resistência e Fuga das Prisões Fascistas», com os antigos presos políticos Domingos Abrantes e José Pedro Soares.

Realizados no espaço «À Conversa com...», estes debates permitiram, de forma particularmente informal (e em alguns casos emotiva), aprofundar questões relativas ao Partido, à sua organização e ao seu projecto. Se no primeiro caso ficou clara a continuidade da luta e dos objectivos supremos dos comunistas tanto na resistência ao fascismo e na revolução de Abril como hoje, no segundo salientou-se a importância do órgão central do Partido em todas as etapas e fases da luta. Depois de Manuel Rodrigues abordar as características do Avante! e a sua ligação umbilical ao Partido (e ao povo), Graça Osório contou como se conseguiu, em Beja, passar de sete para 70 exemplares semanais. E, avisou, a história ainda não terminou...

Já Domingos Abrantes e José Pedro Soares falaram das prisões, das torturas, das fugas, da luta que os comunistas, também quando presos, travavam contra o fascismo, numa conversa em que houve de tudo: gargalhadas, lágrimas, dentes cerrados e punhos erguidos. De tudo isto se faz a luta dos comunistas.