Direitos e autonomia

Assumir responsabilidades. É isto que, para o PCP, o Governo Regional da Madeira deve fazer por ter alienado a participação da região na Aeroportos da Madeira (ANAM). No ano passado, o executivo liderado pelo PSD vendeu por 80 milhões de euros os 20 por cento que detinha da empresa o que, com a privatização da ANA, coloca nas mãos do grupo francês Vinci os dois aeroportos da região – Funchal e Porto Santo. Intervindo na Assembleia Legislativa Regional, onde propôs um debate parlamentar para discutir o assunto, Edgar Silva garantiu que esta situação coloca um problema para a autonomia, pois a região deixa de ter qualquer controlo sobre uma infra-estrutura «essencial para o seu desenvolvimento».

O membro do Comité Central do PCP salientou ainda que a extinção da ANAM deixa uma «sombra de inquietação» sobre os cerca de 200 trabalhadores da empresa, colocados perante uma situação de incerteza quanto ao seu futuro profissional. Estes trabalhadores estão hoje «pessimistas» e «receosos» quanto ao seu futuro, acrescentou o dirigente comunista, para quem as garantias da ANA de que não vai despedir esbarram com as declarações relativas ao alegado «excesso» de funcionários na empresa.

O debate suscitado pelo PCP visa, assim, debater eventuais medidas que possam ser tomadas visando a salvaguarda dos postos de trabalho em risco e a defesa dos direitos da região e das suas populações no que diz respeito à gestão dos aeroportos. É, também, uma forma de forçar o Governo Regional e as diferentes forças políticas a pronunciarem-se sobre tão importantes matérias.




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