No próprio dia em que foi empossada a comissão parlamentar de inquérito à gestão do Banco Espírito Santo (BES) e Grupo Espírito Santo (GES), faz hoje uma semana, o PCP requereu a audição de dezenas de personalidades, abrangendo membros do actual Governo e do anterior, empresários na «periferia» do banco, administradores e a família Espírito Santo.
Entre os membros do Governo a ouvir está o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, e o ministro da Economia, Pires de Lima.
Também os antigos ministros das Finanças Vítor Gaspar e Teixeira dos Santos constam da lista, bem como responsáveis pela supervisão como o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, o presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Carlos Tavares, e o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) e antigo governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio.
O PCP quer ver ainda em comissão, como explicou aos jornalistas o deputado Miguel Tiago, membros da família Espírito Santo – Ricardo Salgado e José Maria Ricciardi, por exemplo –, assim como empresários, entre os quais Henrique Granadeiro e Zeinal Bava.
Auditores diversos são também chamados, a par de administradores e antigos administradores da fase mais recente do BES, de passagem para o Novo Banco, como Vítor Bento, Stock da Cunha e Moreira Rato.
Miguel Cadilhe, Fernando Ulrich, Nuno Amado, Artur Santos Silva, António Mexia e João Salgueiro são outros tantos nomes que o PCP quer ouvir na comissão parlamentar, sendo também pedido ao comissário Joaquín Almunia um documento escrito sobre a aprovação da ajuda estatal ao BES.
Requerido foi também que as audições da ministra das Finanças e do governador do Banco de Portugal na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública sobre o BES fossem integradas no espólio da comissão de inquérito.