Transportes da luta

Os motoristas da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) iniciaram, segunda-feira, 13, uma greve ao trabalho extraordinário. Com esta forma de luta, que decorre até ao próximo dia 19, os trabalhadores pretendem «sensibilizar a população do Grande Porto para a degradação propositada do serviço público que este Governo tenta a todo o custo e pelos vistos a todo o preço», explicam em comunicado divulgado dia 9.

As organizações representativas dos trabalhadores (ORT) da STCP lembram, ainda, que a sobrecarga horária a que estão sujeitos é não apenas ilegal como coloca em causa a sua saúde e a segurança dos passageiros, e denunciam que a situação já teria sido relatada em primeira mão ao ministro da Economia, Pires de Lima, caso este tivesse respondido ao pedido de audiência das ORT.

Antes, e a respeito da impugnação do concurso de subconcessão da STCP apresentado pela associação patronal – ANTROP, a Comissão de Trabalhadores alertou que, «no caso da STCP, ainda o concurso está a decorrer e já os privados reclamam», situação, realçam, que vem confirmar não apenas a «gula insaciável» dos privados, como a intenção do Governo em «vender a empresa ao grupo económico que der a maior esmola» garantindo-lhe a transferência de recursos públicos.

Paralisados estiveram, nos passados dias 9 e 10, os trabalhadores dos transportes do distrito de Braga. A greve parcial realizada em dez empresas, maioritariamente pertencentes aos grupos alemão Arriva e francês Transdev, foi, segundo a Fectrans, uma «demonstração da unidade na acção» e da disponibilidade para a «luta em defesa dos seus interesses de classe» por parte dos trabalhadores, que não abdicam de mais e melhores salários, da suspensão da imposição do tempo de disponibilidade e da conquista de melhores condições laborais, estando já agendadas novas paralisações para o início de Novembro e Dezembro.



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