JCP contacta e mobiliza os jovens açorianos

Não dar tréguas a este Governo

A Ju­ven­tude Co­mu­nista Por­tu­guesa (JCP) con­tactou, du­rante a se­mana pas­sada, com es­tu­dantes aço­ri­anos dos vá­rios ní­veis de en­sino e rei­terou o seu apoio à sua justa luta contra as me­didas e con­sequên­cias da po­lí­tica go­ver­na­mental para a Edu­cação.

A única res­posta é a luta

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Do con­junto de ac­ções pro­mo­vidas so­bressai o en­contro com a As­so­ci­ação Aca­dé­mica da Uni­ver­si­dade dos Açores (AAUAç), re­a­li­zado se­gunda-feira, 27, junto da qual a JCP rei­terou a sua so­li­da­ri­e­dade para com o im­por­tante pro­cesso de luta de­sen­vol­vido pelos es­tu­dantes «em de­fesa dos seus di­reitos e contra os novos ata­ques ao En­sino Su­pe­rior Pú­blico», «no­me­a­da­mente no que diz res­peito à al­te­ração do re­gime de pres­ta­ções das pro­pinas (di­mi­nuição de dez para quatro pres­ta­ções), às pro­pinas dos es­tu­dantes que estão a fi­na­lizar o seu curso (ex­tinção do re­gime par­cial), e ques­tões re­la­ci­o­nadas com a in­su­fi­ci­ente Acção So­cial Es­colar e a si­tu­ação de as­fixia fi­nan­ceira que a UAç, assim como tantas ou­tras uni­ver­si­dades, tem en­fren­tado, com con­sequên­cias que se re­velam so­bre­tudo no agra­va­mento da si­tu­ação dos es­tu­dantes e das suas fa­mí­lias», lê-se em nota en­viada aos ór­gãos de co­mu­ni­cação so­cial.

Na reu­nião, a de­le­gação da «ju­ven­tude do PC» deu a co­nhecer à AAUAç a sua po­sição face ao «con­junto de me­didas que pre­ju­dicam os es­tu­dantes, co­locam em causa o di­reito ao En­sino Su­pe­rior e, no que em par­ti­cular diz res­peito ao Ar­qui­pé­lago, «ig­noram as es­pe­ci­fi­ci­dades da UAç, o seu papel no de­sen­vol­vi­mento re­gi­onal e as con­di­ções de par­tida mais ad­versas dos es­tu­dantes aço­ri­anos».

Parte da ofen­siva foi «o que o Go­verno fez à UAç», que a JCP, em texto as­si­nado pelo Se­cre­ta­riado da Di­recção Cen­tral de En­sino Su­pe­rior, con­si­dera «um au­tên­tico acto de chan­tagem, con­di­ci­o­nando a trans­fe­rência de verbas à re­dução de pes­soal e de con­di­ções ma­te­riais, e ao au­mento da pro­pina para o seu valor má­ximo». No do­cu­mento, a JCP alerta igual­mente que «as pro­pinas, que cons­ti­tuem a maior bar­reira de acesso ao En­sino Su­pe­rior, não podem ser au­men­tadas na UAç» sob pena de em­purrar mais es­tu­dantes para fora da aca­demia.

Rei­te­rando a de­fesa da tri­po­la­ri­dade da Uaç e ad­ver­tindo para as con­sequên­cias que os cortes no fi­nan­ci­a­mento co­locam à so­bre­vi­vência dos pólos de Angra do He­roísmo e ao De­par­ta­mento de Oce­a­no­grafia e Pescas, a JCP su­blinha as vi­tó­rias al­can­çadas pela luta dos es­tu­dantes em re­sul­tado da ma­nu­tenção em fun­ci­o­na­mento per­ma­nente da As­sem­bleia-Geral da AAUAç, ou do cordão hu­mano re­a­li­zado em torno da rei­toria».

Ban­deiras de luta

Para além do en­contro com a As­so­ci­ação Aca­dé­mica e de ac­ções pro­mo­vidas em dois pólos da UAç, a JCP con­tactou com mi­lhares de es­tu­dantes em quatro es­colas pro­fis­si­o­nais, sete se­cun­dá­rias e ou­tros lo­cais de con­cen­tração ju­venil, tendo re­gis­tado a dis­po­ni­bi­li­dade de cerca de uma cen­tena de jo­vens aço­ri­anos em co­la­bo­rarem com a JCP.

Com essa dis­po­ni­bi­li­dade «para lutar em de­fesa da es­cola pú­blica, do di­reito ao tra­balho e ao em­prego com di­reitos», a ju­ven­tude faz suas as rei­vin­di­ca­ções da JCP, entre as quais:

  • a re­so­lução da falta de con­di­ções infra-es­tru­tu­rais e de pro­fes­sores nas es­colas, o re­gresso do acesso às fo­to­có­pias e o di­reito aos ma­nuais es­co­lares, a cujo custo acrescem os dos ma­te­riais e trans­portes;

  • o pa­ga­mento dos sub­sí­dios de­vidos ao abrigo do pro­grama PROFIJ, dos es­tá­gios e apoios em es­colas pro­fis­si­o­nais e a im­ple­men­tação dos con­teúdos de for­mação, con­tra­ri­ando a ló­gica de usar os es­tá­gios como ins­tru­mentos de an­ga­ri­ação de mão-de-obra ba­rata;

  • ga­rantir mais apoios à mo­bi­li­dade dos jo­vens aço­ri­anos, par­ti­cu­lar­mente dos es­tu­dantes;

  • com­bater o de­sem­prego, a pre­ca­ri­e­dade la­boral e os baixos sa­lá­rios.

«Para 2015, os planos e or­ça­mentos do Es­tado e da Re­gião mantêm e agravam as di­fi­cul­dades da ju­ven­tude. A única res­posta é a luta», para a qual «os jo­vens aço­ri­anos podem contar com a JCP, que está ao seu lado na luta pelos seus di­reitos», con­clui a or­ga­ni­zação da JCP na Re­gião Au­tó­noma dos Açores.




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