A luta deve ser de todos os ferroviários

CP em greve dia 24

O sin­di­cato da Fec­trans/​CGTP-IN no sector fer­ro­viário cri­ticou as duas or­ga­ni­za­ções que con­vo­caram greves sec­to­riais para se­gunda-feira, mas apelou a que todos os tra­ba­lha­dores abran­gidos adiram.

A ofen­siva vai agravar-se de­pois de apro­vado o OE

«O mais im­por­tante é unir e não di­vidir», des­taca o SNTSF, num co­mu­ni­cado de dia 12 aos tra­ba­lha­dores da CP, em que lembra os graves con­teúdos que o Go­verno mantém na sua pro­posta de Or­ça­mento do Es­tado para 2015, «me­didas que abrangem todos os fer­ro­viá­rios sem ex­cepção, in­de­pen­den­te­mente da ca­te­goria a que per­tençam». O sin­di­cato re­corda que con­vidou todas as es­tru­turas re­pre­sen­ta­tivas dos tra­ba­lha­dores para a ma­ni­fes­tação de 6 de No­vembro, pelo di­reito às con­ces­sões de trans­porte, e for­ma­lizou a pro­posta de re­a­li­zação de uma jor­nada comum no dia 25, a coin­cidir com a vo­tação do OE no Par­la­mento. Sem res­postas em tempo útil, o SNTSF não pôde en­tregar um pré-aviso de greve que abran­gesse todos os tra­ba­lha­dores. Pas­sado o prazo legal, a Ascef e o SFRCI co­mu­ni­caram que ti­nham for­ma­li­zado pré-avisos para dia 24, im­pe­dindo que para a mesma data fosse também con­vo­cada greve pelo sin­di­cato da CGTP-IN e por ou­tras or­ga­ni­za­ções que já ti­nham de­cla­rado es­tarem dis­po­ní­veis para uma luta con­junta.

O tempo que vai de­correr até dia 24 es­cla­re­cerá se o pré-aviso se mantém ou se a luta será aban­do­nada «a troco de pro­messas e ilu­sões», como já fi­zeram «ou­tros que têm an­dado em­ba­lados nas mi­longas do pre­si­dente do CA da CP».

De­pois de ana­lisar as rei­vin­di­ca­ções, e como os pré-avisos apre­sen­tados não abarcam todas as ca­te­go­rias pro­fis­si­o­nais, o SNTSF apelou a que todo o pes­soal abran­gido pela greve adira a esta luta: tra­ba­lha­dores da Re­visão e Co­mer­cial, as­sis­tentes co­mer­ciais, chefes de equipa co­mer­cial, ins­pec­tores-chefe de ser­viço co­mer­cial e todas as che­fias in­ter­mé­dias de ex­plo­ração fer­ro­viária. Aos de­mais, não abran­gidos pelos pré-avisos, o apelo é para que ma­ni­festem so­li­da­ri­e­dade «com uma luta que devia ser de todos, mas que ati­tudes sec­tá­rias fi­zeram que seja só de al­guns».

O sin­di­cato da Fec­trans sa­li­enta, por fim, que a par­ti­ci­pação na marcha na­ci­onal pro­mo­vida pela CGTP-IN também deve contar com a par­ti­ci­pação dos fer­ro­viá­rios, em es­pe­cial no dia 25: cerca das 9h30, ha­verá um ponto de con­cen­tração junto à es­tação de Santa Apo­lónia (como re­fe­rimos na pá­gina 5).

Com as or­ga­ni­za­ções que con­vo­caram a acção de dia 6 e com ou­tras que já se mos­traram ou que ve­nham a mos­trar-se dis­po­ní­veis para en­cetar formas de luta con­juntas, o SNTSF vai pro­mover uma nova reu­nião de re­pre­sen­tantes dos tra­ba­lha­dores, para «res­posta con­junto ao ataque ao sector fer­ro­viário e aos fer­ro­viá­rios, que se in­ten­si­fi­cará de­pois de apro­vado o OE 2015».

Uma marcha em de­fesa da EMEF está anun­ciada para 4 de De­zembro, das ins­ta­la­ções da an­tiga So­re­fame, na Ama­dora, até ao Mi­nis­tério da Eco­nomia.

Um ple­nário na­ci­onal de tra­ba­lha­dores da Refer vai ter lugar a 2 de De­zembro, em Lisboa.




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