Para o PCP e para a eleita da CDU na Assembleia Municipal de Ponte de Lima, Sandra Fernandes, os presidentes de junta de freguesia – à excepção de Arca e Ponte de Lima; Brandara; Facha e Seara - «prestaram um mau serviço ao concelho ao aprovarem a proposta da vereação do CDS de declaração de reconhecimento do interesse público do “Novo Edifício dos Paços do Concelho”, investimento desastroso, caso venha a ser construído, que causará graves danos para a sobrevivência do centro histórico e para o desenvolvimento futuro de Ponte de Lima».
Na discussão e votação da proposta, em Assembleia Municipal, realizada no dia 13 de Dezembro, a eleita da CDU qualificou de «megalómana» a intenção do CDS, que para o mesmo terreno, a 29 de Abril de 2011, havia proposto uma sala de espectáculos.
«Estas indefinições titubeantes são reveladoras de que a gestão autárquica do CDS, em matéria de aquisição de terrenos, sabe-se lá porquê, para quê e para satisfação de quem, não obedecem a nenhum critério de avaliação de investimentos e de prioridades quanto à séria e verdadeira criação de infra-estruturas para o desenvolvimento económico e social do concelho», acusam os comunistas, frisando: «O pecado da gula irreflectida em dotar o património municipal de terrenos desnecessários origina a que esses mesmos terrenos sejam espaços senis em estado de abandono, agora e no futuro».
Em nota de imprensa, o Partido sublinha ainda que Ponte de Lima «não necessita de espaços físicos desajustados da realidade das verdadeiras carências para satisfazer as necessidades dos seus habitantes», rigorosamente definidas no Projecto de Reabilitação Urbana - Ponte de Lima, uma vila a proteger, e a reabilitar». Neste sentido, os comunistas defendem que «este real e verdadeiro projecto de reabilitação urbana não deve ser uma mera brochura, que constitui um estudo rigoroso e de alto nível, mas sim uma ferramenta presente diariamente na mesa de trabalho da vereação municipal, especialmente dos vereadores do CDS, a quem o presidente da Câmara Municipal única e exclusivamente atribui pelouros».
PS, PSD e CDS chumbam 35 horas
CDU com os trabalhadores
No dia 13, a CDU apresentou na Assembleia Municipal de Ponte de Lima a moção «Rejeitar as 40 horas; Pelo direito ao horário de trabalho de 35 horas e pelo direito à contratação colectiva». A iniciativa política acontece depois de os trabalhadores do município terem realizado um abaixo-assinado para exigir a reposição do horário de trabalho de 35 horas semanais, que recolheu um amplo e vastíssimo número de assinaturas.
Infelizmente, os eleitos do PS abstiveram-se e os do CDS e do PSD votaram contra a moção, chumbando uma medida justa e necessária, impedindo a concretização de um direito dos trabalhadores do município de Ponte de Lima.
No distrito, as câmaras de Melgaço, Monção, Vila Nova de Cerveira, Caminha, Viana do Castelo, onde se incluem os serviços municipalizados, Ponte da Barca e Paredes de Coura praticam as 35 horas semanais e sete diárias.
«A continuação da prática de 40 horas semanais e oito diárias no município de Ponte de Lima, além de representar um retrocesso civilizacional inadmissível em pleno século XXI, concretiza, camufladamente, mais uma redução salarial de 14 por cento aos trabalhadores deste município, e uma discriminação efectiva com os restantes trabalhadores dos municípios do Alto-Minho que praticam as 35 horas semanais e sete diárias», acusa, em nota de imprensa, a CDU.