Utentes exigem soluções

Caos no Amadora-Sintra

Os utentes do Hos­pital Fer­nando Fon­seca, co­nhe­cido como Ama­dora-Sintra, têm sido con­fron­tados com a imi­nente rup­tura dos ser­viços de ur­gência e o co­lapso da sala de ob­ser­va­ções.

Tempos de es­pera na ordem das 24 horas nas ur­gên­cias

Tempos de es­pera na ordem das 24 horas nas ur­gên­cias e falta de camas para in­ter­na­mento são al­guns dos pro­blemas que co­locam em risco a vida dos utentes. Tudo isto se fica a dever à falta de pro­fis­si­o­nais de saúde nesta uni­dade hos­pi­talar e re­flecte o ce­nário que as co­mis­sões de utentes apontam há longos anos como um pe­rigo imi­nente de rup­tura da pres­tação de ser­viços de saúde no Hos­pital Ama­dora-Sintra.

Na ver­dade, o tempo veio dar razão aos su­ces­sivos alertas em re­lação ao grave pro­blema exis­tente no Hos­pital, agra­vado com as de­mis­sões das suas che­fias clí­nicas e com a não co­lo­cação de mais mé­dicos e en­fer­meiros nesta uni­dade hos­pi­talar.

«Em pe­ríodos de maior ne­ces­si­dade de cui­dados de saúde por parte das po­pu­la­ções destes dois con­ce­lhos, como se ve­ri­fica du­rante o In­verno e em par­ti­cular na época de Natal e Ano Novo, a in­su­fi­ci­ência de meios hu­manos e ma­te­riais no Hos­pital re­vela-se muito gra­vosa», sa­li­entam, em nota de im­prensa, as co­mis­sões de utentes da saúde dos con­ce­lhos de Ama­dora e Sintra, con­si­de­rando es­can­da­loso o facto de os res­pon­sá­veis da Ad­mi­nis­tração Re­gi­onal de Saúde terem as­su­mido que os cui­dados de saúde estão nas mãos de em­presas de tra­balho tem­po­rário e não de mé­dicos, en­fer­meiros e au­xi­li­ares dos qua­dros.

A estas in­su­fi­ci­ên­cias acresce ainda o facto de a po­lí­tica do Go­verno e do Mi­nis­tério da Saúde levar ao en­cer­ra­mento de cen­tros de saúde e uni­dades de saúde fa­mi­liar, ou a que estes não prestem cui­dados de saúde aos fins-de-se­mana e em dias fe­ri­ados, o que agu­diza a si­tu­ação pre­cária em que o Hos­pital tem que res­ponder aos cerca de 650 mil utentes dos dois con­ce­lhos.


Agra­va­mento em 2015

O Hos­pital Ama­dora-Sintra abrange uma área de in­ter­venção de­ma­siado ex­tensa, si­tu­ação que acar­reta con­sequên­cias dra­má­ticas ao nível da ce­le­ri­dade na pres­tação dos seus ser­viços, sendo cons­tantes as si­tu­a­ções de so­bre­lo­tação e in­ter­mi­ná­veis horas de es­pera para aqueles que re­correm ao Ser­viço de Ur­gência.

«Man­tendo-se a po­lí­tica de saúde do Go­verno em fun­ções, as pers­pec­tivas para 2015 são de maior agra­va­mento desta si­tu­ação no Hos­pital Ama­dora-Sintra», an­te­vêem as co­mis­sões de utentes, que, de­fen­dendo um Ser­viço Na­ci­onal de Saúde uni­versal e gra­tuito, exigem a cri­ação e me­lhoria dos cen­tros de saúde e de uni­dades de saúde fa­mi­liar que ga­rantam a pres­tação dos cui­dados de saúde pri­mário, e o fi­nan­ci­a­mento in­dis­pen­sável para que o Hos­pital Fer­nando Fon­seca cumpra a missão para que foi criado, com mais pro­fis­si­o­nais ao ser­viço. Re­clamam, de igual forma, um hos­pital pú­blico no con­celho de Sintra, que possa des­con­ges­ti­onar o Hos­pital Ama­dora-Sintra.




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