PCP comenta mensagem
do Presidente da República

Mistificar e ocultar

O PCP co­mentou, no dia 1, a men­sagem de Ano Novo do Pre­si­dente da Re­pú­blica através de uma de­cla­ração de Carlos Gon­çalves, da Co­missão Po­lí­tica. Este di­ri­gente clas­si­ficou as pa­la­vras de Ca­vaco Silva como um re­cor­rente «con­junto de mis­ti­fi­ca­ções», a que se somam as ten­ta­tivas de ocultar a sua pró­pria res­pon­sa­bi­li­dade da dra­má­tica si­tu­ação que os tra­ba­lha­dores e as ca­madas po­pu­lares en­frentam ac­tu­al­mente.

Para Carlos Gon­çalves, a men­sagem do Pre­si­dente da Re­pú­blica «não traz nada de novo nem de po­si­tivo, nem para o País nem para a imensa mai­oria dos por­tu­gueses». Pelo con­trário, trata-se uma vez mais do apoio à con­ti­nu­ação e agra­va­mento da po­lí­tica de di­reita pros­se­guida há 38 anos por PS, PSD e CDS.

Des­ta­cando as três mis­ti­fi­ca­ções pa­tentes na men­sagem pre­si­den­cial, o di­ri­gente do PCP enu­merou-as: a pri­meira é a ten­ta­tiva da ocul­tação das suas pró­prias res­pon­sa­bi­li­dades, como se Ca­vaco Silva não ti­vesse sido pri­meiro-mi­nistro du­rante dez anos e não fosse Pre­si­dente da Re­pú­blica há quase tanto tempo. Assim, é evi­dente que é «um dos mai­ores res­pon­sá­veis pela si­tu­ação em que vi­vemos».

A se­gunda mis­ti­fi­cação é, para Carlos Gon­çalves, o apelo ao com­pro­misso fu­turo entre PS, PSD e CDS, como se ele não es­ti­vesse na base da po­lí­tica de di­reita. A ter­ceira passa, acres­centou o di­ri­gente do PCP, pela «in­sis­tência num mesmo ca­minho e numa mesma po­lí­tica, como se isso fosse uma ine­vi­ta­bi­li­dade, uma es­pécie de fa­ta­li­dade». Ora, para o PCP, é cada vez mais ne­ces­sária e ur­gente a de­missão do Go­verno, a con­vo­cação de elei­ções an­te­ci­padas, que possam abrir ca­minho à rup­tura com a po­lí­tica de di­reita e à cons­trução de uma al­ter­na­tiva pa­trió­tica de es­querda.




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