Continua a destruição de emprego
O PCP comentou, através de uma nota do seu Gabinete de Imprensa emitida no dia 29 de Janeiro, as estimativas mensais de emprego e desemprego do INE, relativas ao mês de Dezembro (corrigidas de sazonalidade). Estas estimativas apontam para uma «ligeira melhoria em relação ao mês de Novembro (mais 0,1 por cento de empregos, mais 6,4 mil empregos e menos 0,1 pontos percentuais da taxa de desemprego, 13,4 por cento, e menos 4800 desempregados)».
Ainda de acordo com o INE, o número de desempregados em sentido restrito e corrigido de sazonalidade deverá ter atingido, em Dezembro, os 689,6 mil e a população empregada os quatro milhões 441 mil e 500. Para o PCP, o que as estimativas confirmam é, antes de mais, que o «abrandamento da actividade económica no último trimestre do ano levou a que a taxa de desemprego corrigida e não corrigida de sazonalidade tenha subido» comparativamente com o trimestre anterior. Assim, neste mesmo período, cerca de 15 mil postos de trabalho deverão ter sido destruídos e a taxa de desemprego trimestral deverá ter atingido os 13,6 por cento.
Na sua nota, o PCP chama a atenção para o facto de estes dados não permitirem o cálculo da taxa de desemprego real, pois não é dada «qualquer informação sobre a evolução do subemprego e dos inactivos disponíveis, para lá da não contabilização das centenas de milhares de portugueses que foram forçados a emigrar nos últimos anos». O Partido conclui que, independentemente de «variações sem significado que se têm registado nos últimos meses», o que os números revelam é a «insuportável dimensão do desemprego e a dramática expressão nas condições de vida de centenas de milhares de portugueses, inseparáveis de uma política que tem conduzido o País ao declínio económico e ao retrocesso social».