Medo do povo
A Comissão Concelhia de Espinho do PCP considera que a anunciada visita do presidente da Câmara e do ministro da Defesa, Aguiar-Branco, ao local da futura «Via Permeável de Acesso à Praia de Paramos», no passado dia 6, não se verificou porque um e outro «não se quiseram confrontar com as centenas de pessoas, particularmente residentes na praia, que se concentraram no referido local, para exigir esclarecimentos e garantias do direito à passagem para as suas habitações e para a praia». Denunciando o facto de não ser cabalmente conhecido o conteúdo concreto do protocolo assinado nesse mesmo dia, no Salão Nobre dos Passos do Concelho, entre o Governo e o município, o PCP adianta que pode estar em causa a construção, à revelia da população e da própria Junta de Freguesia (apesar de esta ser proprietária de parte do terreno em causa), de uma estrada paralela à pista, até à praia de Silvalde, e fechar o actual e secular acesso dos moradores e dos paramenses à praia, para deixar a pista livre. A ser efectivamente assim, está-se perante uma «atitude inaceitável contra Paramos. Os moradores da praia e os cerca de quatro mil paramenses não podem ser prejudicados desta maneira, em benefício dos interesses do Aeroclube».